A gigante farmacêutica alemã Bayer, fabricante da aspirina, anunciou nesta terça-feira que vai comprar a divisão de produtos de consumo da americana Merck por 14,2 bilhões de dólares, para reforçar a atividade de medicamentos sem prescrição. O acordo, considerado um ‘marco’ importante para a alemã, ocorre durante uma série de transações no setor de saúde.
Segundo o presidente-executivo da Bayer, Marijn Dekkers, a venda deve ser concluída no segundo semestre de 2014 e, descontados os impostos, ficará entre 8 bilhões a 9 bilhões de dólares.
A transação, a maior na indústria farmacêutica alemã desde que a Bayer comprou a rival Schering em 2006, por 17 bilhões de euros, irá tornar a empresa a segunda maior fabricante de remédios que não precisam de receita do mundo, atrás apenas da Johnson & Johnson. A Bayer tem dito repetidamente que quer tomar o lugar da J&J no ranking.
A J&J possui cerca de 4% do mercado de bens de consumo e saúde, seguida pela Bayer e pela GlaxoSmithKline (GSK). A Merck tem cerca de 1%, com marcas que incluem o protetor solar Coppertone e o medicamento para alergia Claritin.
A fragmentada indústria está se consolidando rapidamente. A Novartis e a GSK anunciaram recentemente que vão formar uma joint venture para o mercado de bens de consumo e saúde. Aação é parte de um acordo feito no mês passado para negociação de cerca de 20 bilhões de dólares em ativos.
Na última semana, a norte-americana do setor farmacêutico Pfizer elevou sua oferta pela AstraZeneca para 50 libras (84 dólares) por ação, o que daria cerca de 63 bilhões de libras (106 bilhões de dólares). A Pfizer também sugeriu pagar 32% do valor em dinheiro e o restante em ações. Mesmo assim, as novas condições não convenceram os acionistas da AstraZeneca e seu Conselho de Administração rejeitou a proposta “sem nenhuma hesitação”. Segundo ele, a Pfizer “subavaliou substancialmente a companhia”. Se acertado, o acordo criaria o maior grupo farmacêutico do mundo.
Leia mais:
Pfizer aumenta a oferta para US$ 106 bilhões – mas AstraZeneca a rejeita
Alstom estuda oferta da GE, mas deixa porta aberta para Siemens
Demissões atingem mais mulheres do que homens em cargos de chefia
(com agências France-Presse e Reuters)