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Bancos espanhóis precisam de 16 a 62 bilhões de euros

Auditorias independentes contratadas para avaliar a situação do país analisaram a necessidade de capital em dois cenários possíveis: um de base e outro extremo

Por Da Redação
21 jun 2012, 13h55

O setor financeiro espanhol necessita de 16 a 62 bilhões de euros, segundo as avaliações de duas auditoras, divulgadas nesta quinta-feira pelas autoridades espanholas.

A consultora norte-americana Oliver Wyman calculou necessidades entre 16 e 25 bilhões de euros em um cenário base e de entre 51 e 62 bilhões de euros em um cenário extremo, enquanto que a alemã Roland Berger calculou que as necessidades são entre 25,6 bilhões de euros e 51,8 bilhões de euros, anunciou o vice-governador do Banco da Espanha, Fernando Restoy.

O exercício foi realizado com 14 grupos bancários, que representam 90% do setor financeiro nacional, incluindo a carteira de crédito nacional, crédito a pequenas e médias empresas, famílias, consumo, aquisição de moradias e não só ao crédito relacionado ao setor de construção civil.

Segundo Restoy, os dois cenários considerados foram um de base e outro mais extremo, com uma recessão e uma queda dos preços do setor imobiliário mais intensa e as necessidades de capital que isso exigiria dos bancos em um período de três anos, até 2014.

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O objetivo destes exercícios é “avaliar a resistência do sistema financeiro espanhol para suportar cenários macroeconômicos desfavoráveis, cenários mais negativos que aqueles que aparecem refletidos nas principais previsões”, afirmou. “Creio que os resultados destes avaliadores confirmam o exercício realizado pelo FMI”, disse Restoy, em referência ao relatório no qual o Fundo estimou em 40 bilhões de euros as necessidades dos bancos da Espanha.

Estes resultados servirão ao governo espanhol para fazer o pedido concreto de ajuda depois que, em 9 de junho, a zona do euro se mostrou disposta a dar uma ajuda de no máximo 100 bilhões de euros para sanear o setor financeiro espanhol, debilitado após o estouro da bolha imobiliária de 2008.

Oficialização – Apesar de a União Europeia já ter aceitado em conceder o empréstimo à Espanha, o país ainda não tinha oficilizado o pedido porque aguardava o fim da consultoria das agencias. Nesta quinta-feira, o ministro da Economia da Espanha, Luis De Guindos, disse que apresentará nos ‘próximos dias’ a solicitação formal do empréstimo. A expectativa é que isso ocorra ainda nesta quinta-feira.

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“Se a Espanha tivesse apresentado uma solicitação no fim de semana no qual foi acordado o empréstimo e tivesse quantificado suas necessidades, isso poderia ter relaxado as preocupações dos mercados. Mas, enquanto não houver nenhum pedido, isso deixa os mercados nervosos”, disse o ministro das Finanças irlandês, Michael Noonan.

De Guindos, no entanto, minimizou a importância do pedido de ajuda, que qualificou de “mera formalidade”, e ressaltou que o importante é definir os detalhes da assistência. O ministro espanhol advertiu que a negociação não é simples e acredita que antes do final de julho haverá uma aproximação muito certa e muito detalhada de como se realizará todo o processo.

A Espanha procura alguma fórmula que permita limitar o impacto do crédito europeu em sua dívida e déficit, embora até agora tenha esbarrado com a negativa dos sócios europeus. Após o anúncio de De Guindos e a publicação das necessidades de capital dos bancos, o prêmio de risco espanhol fechou em 507 pontos básicos.

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(Com agências France-Presse e EFE)

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