Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Banco Central sinaliza que política monetária não vai mudar

Acreditando em desaceleração da inflação ainda neste ano, o Copom não vê necessidade de alterar Selic. Inflação só deve convergir para meta em 2016, mostrou a ata da última reunião

Por Da Redação
11 set 2014, 09h21

O Banco Central informou nesta quinta-feira que é “plausível” que a inflação desacelere sem mudanças na Selic, mostrou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada nesta quinta-feira. O colegiado admitiu que os preços estão em patamar alto, mas acredita que as pressões inflacionárias tendem a desacelerar ou até acabar mais adiante.

“Nesse contexto, é plausível afirmar que, mantidas as condições monetárias (isto é, levando em conta estratégia que não altera a Selic), a inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção”, explicou. Na última reunião, na semana passada, o Copom decidiu manter a atual taxa básica de juros em 11% ao ano.

O BC abandonou a avaliação de que a inflação ainda mostra resistência em decorrência da elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses. O trecho, que constava do parágrafo 27, foi retirado da ata da última reunião. Mesmo assim, em outro trecho do documento, o BC avalia que a inflação ainda apresenta certa residência pela dinâmica do preço de serviços.

A autoridade monetária também reduziu a projeção de inflação para este ano, mas disse que ela continua acima do centro da meta (4,5%), e manteve suas apostas para 2015, pelo cenário de referência (Selic a 11% e dólar a 2,25 reais). Mas, o BC só acredita que os preços convergerão para o centro da meta em 2016. “Nos trimestres iniciais de 2016, as projeções indicam que a inflação entra em trajetória de convergência.”

Leia também:

Mercado eleva projeção para inflação em 2014 a 6,29%

Em último encontro antes das eleições, Copom mantém Selic em 11% ao ano

Conheça os vilões da inflação em 2014

A inflação (IPCA), medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acelerou 0,25% em agosto, depois de ficar estável em julho. Com isso, em 12 meses, o indicador acumula alta de 6,51%, acima do limite da inflação “aceitável” pelo governo, cuja meta vai de 2,5% (mínimo) a 6,5% (máximo), com centro de 4,5%. Em junho, ele já havia batido 6,52%, na mesma base de comparação. Se não fossem os alimentos, cujos preços têm desacelerado, e os preços administrados (controlados pelo governo) a inflação estaria bem maior.

Continua após a publicidade

A expectativa tanto no mercado futuro de juros quanto entre analistas é de que novo ciclo de aperto monetário comece apenas em 2015. Pela ata, o Copom também vê que o ritmo de expansão da atividade doméstica tende a ser menos intenso este ano em comparação a 2013. A economia brasileira entrou em recessão no primeiro semestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) encolhendo 0,6% e 0,2% respectivamente no segundo e primeiro trimestres, sobre os três meses anteriores.

A decisão sobre a manutenção da taxa foi por unanimidade. Votaram os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.

(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.