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Déficit comercial é o maior da história: US$ 5,4 bi até maio

Apesar do superávit de 760 milhões de dólares em maio, de janeiro até agora o país registrou déficit de 5,392 bilhões de dólares

Por Da Redação
3 jun 2013, 16h12

A balança comercial brasileira registrou superávit de 760 milhões de dólares em maio, valor 74,3% ante igual mês do ano passado, quando atingiu 2,962 bilhões de dólares. Esse é o menor valor para o mês desde 2002. Em abril, o país registrou um déficit de 994 milhões de dólares, o pior resultado para o mês. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Apesar do resultado positivo de maio, o país acumula um déficit de 5,392 bilhões de dólares de janeiro a maio deste ano, o pior déficit para os cinco primeiros meses do ano desde o início da série histórica do Banco Central, em 1959.

Até o momento, o maior déficit comercial registrado no acumulado dos primeiros cinco meses do ano havia sido de 3,339 bilhões de dólares, em 1995. Em igual período de 2012, por exemplo, o Brasil registrou um superávit comercial de 6,261 bilhões de dólares. “O saldo acelerará e alcançará os 6 bilhões de dólares de superávit ao fim de 2013”, diz Ilan Goldfajn, economista-chefe Itaú Unibanco, em seu relatório sobre o assunto.

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De acordo com Raul Velloso, economista especializado em finanças públicas, é comum que ocorram déficits tanto na conta corrente como na balança comercial para países com um baixo nível de poupança. “Países com situação econômica melhor que a do Brasil têm déficit, e isso não os preocupa”, afirma Velloso. No entanto, a fragilidade com que o governo tem tratado a economia nos últimos meses prejudica a divulgação dos dados oficiais – ainda mais quando são negativos. “O governo tem feito muitas intervenções pontuais por meio de uma política econômica errática. O problema é que a gestão da política econômica está sendo mal feita”, explica Velloso.

Mês – Em maio, as exportações alcançaram 21,824 bilhões de dólares, com média diária de 1,039 bilhão de dólares, crescimento de 10,8% em relação a abril de 2013. As importações totalizaram 21,064 bilhões de dólares e média diária de 1,003 bilhão de dólares, números recordes para meses de maio. Já no acumulado do ano, as exportações somam 93,291 bilhões de dólares, com média diária de 905 milhões de dólares e queda de 2,8% em relação ao mesmo período de 2012. Em contrapartida, as importações são recordes para o período. Somam 98,683 bilhões dólares e média diária de 958,1 milhões de dólares, alta de 9,8% na comparação com janeiro a maio do ano passado.

Combustíveis – No resultado anual, um dos fatores que mais pesou no déficit foi o aumento das importações de combustíveis e lubrificantes, que teve alta de 25,5% na comparação com igual período de 2012. As importações da Petrobras pesam nesse resultado. A estatal está aumentando suas importações de petróleo porque suas refinarias estão processando um volume maior da commodity do que a empresa consegue produzir.

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“As exportações de petróleo devem se acelerar com o fim da manutenção de várias plataformas e consequente alta na produção; o passivo de combustíveis importados em 2012 e registrados este ano finalmente chegou ao fim”, afirma Ilan Goldfajn, do Itaú Unibanco

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Nos cinco primeiros meses deste ano, ante igual período do ano passado, as importações em matérias-primas e intermediários tiveram alta de 8,9%; os bens de capital, de 6,5%; e houve ainda aumento de 1,7% de bens de consumo.

(com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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