Baixinhos e gordinhas tendem a ganhar menos, diz estudo
Pesquisa da Universidade de Exeter, no Reino Unido, mostra, do ponto de vista genético, como a altura e o peso influenciam a renda das pessoas
Homens altos e mulheres magras tendem a ser melhor remunerados que os baixinhos e gordinhas. Esta é a conclusão de um estudo do pesquisador Timothy M. Frayling, da Universidade de Exeter, no Reino Unido. A pesquisa mostra como, do ponto de vista genético, a altura e o peso das pessoas têm relação direta com o quanto elas ganham.
O estudo é baseado no conceito de randomização mendeliana, que utiliza tanto informações genéticas quanto dados observacionais. A partir disso, comprova que a altura e o peso podem sim influenciar o rendimento de alguém.
Foram estudados 119.669 homens e mulheres que tiveram ou não variantes genéticas que influenciam a altura e o índice de massa corporal (IMC). O estudo concluiu que para cada seis centímetros um homem tem 12% a mais de chance de trabalhar em um emprego de maior status, faturando, em média, 1,6 mil dólares a mais no ano. No caso das mulheres, 4,6 pontos a mais no IMC resulta em 4,2 mil a menos no rendimento anual.
Estas diferenças entre os gêneros reforça a conclusão de que há uma interferência genética na trajetória profissional que independete do meio. “O ambiente, o estilo de vida não muda os genes”, diz Frayiling, que é professor de genética humana. “Os dados mostram que há uma relação causal entre ser, geneticamente, mais baixinho ou mais gordinho, e estar numa situação desfavorável na vida. Anteriormente, não sabíamos disso”, complementa.
(Da redação)