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Azul e Trip anunciam a fusão de suas operações

Unidas, elas formarão a Azul Trip S/A, que nascerá com cerca de 15% do mercado. Negociações foram intensas nas últimas semanas, dizem executivos

Por Naiara Infante Bertão
28 Maio 2012, 14h56

Juntas elas terão 15% de ‘market share’ , 8.700 funcionarios, 112 aeronaves e 96 destinos

A Azul, terceira maior companhia aérea do Brasil, anunciou nesta segunda-feira a fusão com a concorrente no segmento de aviação regional Trip Linhas Aéreas. O negócio dará origem à holding Azul Trip S/A, para a qual serão aportadas as ações de ambas. A nova empresa do mercado brasileiro tem projeção de receita conjunta de mais de 4 bilhões de reais somente neste ano. Juntas elas terão 15% de ‘market share’ , 8.700 funcionarios, 112 aeronaves e 96 destinos. Não houve divulgação, contudo, do valor total da transação, nem das estimativas de sinergias.

A Azul – fundada pelo empresário David Neeleman, quem tem nacionalidade brasileira e americana – será dona de dois terços da nova companhia, ao passo que a Trip deterá o capital da terça parte restante. A operação não envolve aporte nem saída de recursos financeiros. “Um dia podemos abrir capital, mas, por enquanto, não precisamos. Temos caixa suficiente”, afirmou Neeleman.

Autorização – As marcas atuarão de forma independente até a aprovação do negócio pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pela Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Além das bandeiras, também os registros ficam separados. Somente após as autorizações dos dois órgãos, os executivos discutirão a possibilidade de atuar com marca única.

Não estao previstas demissões nem desativação de aeronaves. “Pelo contrário, queremos comprar mais aeronaves e contratar. Diferentemente da Europa e dos Estados Unidos, onde [as aéreas] precisam se fundir para não quebrar, aqui temos muito mercado a explorar – ainda mais com a classe C em aeroportos regionais”, afirma Pedro Janot, presidente executivo da Azul.

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Novo ‘board – O atual presidente do conselho de administração e fundador da Azul, o empresário David Neeleman, presidirá o conselho administrativo da resultante da fusão. O órgão contará também com os executivos José Mário Caprioli, que hoje preside a Trip; Renan Chieppe; presidente do conselho de administração da mesma empresa; e Decio Chieppe, também membro e diretor financeiro do Grupo Águia Branca. As outras sete cadeiras do conselho ficarão a cargo da Azul – uma delas a do próprio Neeleman.

Caprioli coordenará o processo de integração das duas empresas aéreas por meio de um comitê do qual estará à frente.

Neeleman, em entrevista coletiva na capital paulista, afirmou que o “namoro” entre Azul e Trip já dura mais de dois meses. Somente nas duas últimas semanas, contudo, que o relacionamento foi intensificado, aponta o executivo.

Potencial – Ele destacou o potencial da união, destacando que as duas companhias são fortes no ramo de aviação regional – que, grosso modo, usa aeronaves menores e atende também aeroportos de menor porte pelo interior do país – e possuem frotas similares. “Agora podemos fazer coisas que não poderíamos sem eles e eles sem nós. Temos rotas complementares”, comemorou. “Queremos alinhar baixo custo com alto serviço. E vamos focar em regiões de menor capilaridade, destinos mais regionais”, destacou Caprioli.

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O presidente da Trip admitiu, no entanto, que existe um problema a ser equacionado: as rotas sobrepostas. “Temos um ‘overlap‘, ou seja, uma sobreposição em 15% das 96 rotas. Nao é muito. E não é preocupante”, declarou. “Vamos fazer um trabalho qualificado e técnico sobre a fusão”, acrescentou Caprioli.

Os empresários deram, no entanto, algumas pistas de destinos nos quais estão de olho. “Nordeste, Sul e Minas Gerais estão se destacando em demanda, como, por exemplo, Caxias do Sul, Cascavel, Macaé, entre outros”, disse Janot.

TAM – Os executivos explicaram que a TAM possuía uma opção de compra das ações de Trip, mas que o negócio não evoluiu. “Houve possibilidade de subscrição, mas, desde janeiro, a TAM não tem mais exclusividade de negociação com a Trip”, ressaltou Renan Chieppe. Há uma semana, a Trip Participações, das famílias Caprioli e Chieppe, concluiu a recompra das ações da empresa que pertenciam à australiana Skywest.

No tocante ao acordo de compartilhamento de assentos que atualmente a companhia mantém com a maior companhia aérea brasileira, eles serão mantidos. “Vamos manter todos os nossos acordos até que uma avaliação apurada seja feita”, disse o presidente da Trip.

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