Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Aumento de capital do BNDES e da Caixa faz dívida pública subir em junho

Operações para capitalizar os bancos somaram 23 bilhões de reais no mês e foram as únicas emissões diretas feitas no ano

Por Da Redação
24 jul 2013, 18h08

A Dívida Pública Federal (DPF) apresentou alta de 2,6% em junho, ante maio, e atingiu 1,935 trilhão de reais, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional na tarde desta quarta-feira. A correção de juros no estoque da DPF foi de 18,646 bilhões de reais. A DPF inclui a dívida interna e a externa. Enquanto a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,94% e fechou o mês em 1,894 trilhão de reais, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 3,88% menor, somando 90,92 bilhões de reais. A expectativa do Tesouro é de que a dívida pública chegue a 2,24 trilhões de reais até o final do ano. Ela havia terminado 2012 em 2 trilhões de reais.

O aumento do endividamento no mês foi explicado pelas emissões diretas de títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), que somaram 23,1 bilhões de reais em junho, dos quais 15 bilhões de reais foram repassados para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 8 bilhões de reais entraram na Caixa Econômica Federal.

Leia também:

Tesouro deve aportar até R$ 35 bilhões no BNDES

Para atingir superávit, BNDES e Caixa anteciparão dividendos à União

Governo muda estatuto do BNDES para permitir repasses para a União

Continua após a publicidade

Os recursos acumulados com a emissão serviram para aumentar o capital dos dois bancos, que vêm sendo sangrados pelo governo por meio da antecipação de dividendos para que o superávit primário seja cumprido. O superávit é a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida. Para este ano, a meta de economia é de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Fernando Garrido, informou que as emissões diretas em junho feitas para capitalizar os dois bancos foram as únicas da modalidade feitas em 2013.

Estrangeiros – O coordenador-geral relatou que o crescimento da participação de estrangeiros na Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) pode ser creditado ao fim da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em junho. “O fim do IOF trouxe novo fluxo de compra de títulos públicos pelos investidores não residentes, concentrado principalmente em títulos prefixados de prazos mais longos”, disse. A participação de estrangeiros na DPMFi chegou a 275,18 bilhões de reais em junho, com 14,52%. O aumento foi de cerca de 10 bilhões de reais frente a maio, quando o valor era de 264,69 bilhões de reais, com 14,38%.

Leia também:

Dilma fala em robustez fiscal – mas, na verdade, tortura números

Continua após a publicidade

Governo usa criatividade até mesmo para ‘cortar’ Orçamento

“É difícil prever uma aceleração da entrada de estrangeiros nos próximos meses. O que podemos imaginar é que, com o fim do IOF, os investimentos que estavam sendo planejados foram efetivados”, disse. Depois, Garrido disse que voltaram a existir as condições do período anterior ao IOF. “Esperamos que continue como tendência de médio e longo prazo o aumento gradual de estrangeiros”, completou.

Volatilidade – O anúncio de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderá reduzir suas compras de títulos no final deste ano fez com que o mercado de dívida ganhasse grande volatilidade ao longo do mês. O período teve alta nas taxas de juros dos títulos locais e externos, acompanhada de valorização do dólar.

Tal cenário fez com que o Tesouro realizasse leilões extraordinários de compra e venda de títulos para reduzir a volatilidade do mercado.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.