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Arrecadação soma R$ 85,683 bi em junho, pior desempenho desde março

Segundo dados da Receita, arrecadação cai em comparação a maio e com 2012

Por Da Redação
22 jul 2013, 11h08

O governo federal arrecadou 85,683 bilhões de reais em impostos e contribuições em junho, no pior resultado mensal desde março deste ano (80,556 bilhões de reais) e abaixo do esperado pelo governo, mostrando queda real de 0,99% sobre igual mês do ano passado, informou a Receita Federal nesta segunda-feira. No acumulado de 2013 até junho, a arrecadação chega a 543,985 bilhões de reais, alta real de apenas 0,49% sobre um ano antes.

Em maio, a arrecadação havia ficado em 88,087 bilhões de reais, em número ajustado pela Receita. Todos os valores são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Os números mostram que o recolhimento de tributos federais continua afetado pelo baixo crescimento da economia, pelas desonerações tributárias adotadas para aquecer a economia e pela baixa lucratividade das empresas. De acordo com a Receita, somente entre janeiro e junho, 35,1 bilhões de reais deixaram de entrar nos cofres do governo federal por efeito das desonerações.

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O fisco federal também aponta como fatores que influenciaram negativamente os resultados, o baixo crescimento da produção industrial e das vendas de bens e serviços, refletindo a baixa expansão da atividade.

Na comparação de junho com igual mês do ano anterior, quase todos os tributos federais mostraram queda na arrecadação, como imposto de renda, com recuo de 9,11%, e o imposto sobre operações financeiras (IOF), com retração de 10,32%.

Na comparação do primeiro semestre frente a igual período do ano passado, o Imposto sobre Produtos Industrializado (IPI) mostrou queda real de 10,83%, o IOF teve retração de 13,73% e o IR queda de 0,01%.

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Em entrevista à Reuters, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não havia mais margem para redução de tributos e que poderá haver recomposição de alguns tributos para ajudar nas receitas. O ministro disse ainda que o baixo crescimento da economia é um dos fatores que impedem a receita tributária de mostrar expansão mais robusta. O governo anunciará nesta tarde mais cortes no Orçamento para ajudar nas contas públicas do país.

Desonerações – O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Freitas Barreto, informouque as desonerações tributárias anunciadas pelo governo somam 35,103 bilhões de reais no primeiro semestre de 2013, ante 19,977 bilhões de reais em igual período do ano passado, um aumento de 75,7% no período.

O valor inclui folha de salários (1,016 bilhão de reais em 2012 e 6,953 bilhões de reais em 2013); IPI ( 2,695 bilhões de reais em 2012 e 6,207 bilhões de reais em 2013); Cide-combustível (2,852 bilhões de reais em 2012 e 5,380 bilhões de reais em 2013); IOF crédito para pessoa física (677 milhões de reais em 2012 e 1,797 bilhão de reais em 2013) e outros (12,737 bilhões de reais em 2012 e 14,766 bilhões de reais em 2013). Ainda assim, ele afirmou que a instituição mantém a previsão de crescimento real da arrecadação de 3% a 3,5% para 2013.

Barreto não comentou a possibilidade de mudança na projeção por conta da revisão do Orçamento e dos novos parâmetros econômicos que serão divulgados ainda nesta segunda-feira.

(com agência Reuters)

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