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Após rebaixamento, Bolsa sobe 5% e dólar tem maior queda em 6 meses

Moeda americana encerrou a semana cotada a 2,259 reais; ação da Petrobras liderou a alta, mas interrompeu ganhos na sexta-feira

Por Da Redação
28 mar 2014, 18h07

Em semana atípica no mercado financeiro do Brasil, a BM&FBovespa acumulou alta de 5%, encerrando a 49.765 pontos, e o dólar recuou 2,88%, a 2,259 reais. Trata-se da maior queda semanal da moeda norte-americana em seis meses. O movimento de otimismo do mercado ocorre justamente na semana em que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou a nota de crédito do Brasil para BBB- e indicadores econômicos importantes, como a confiança do empresário, continuam em queda.

Apesar da semana positiva, o desempenho de sexta-feira foi estável. A bolsa subiu apenas 0,24%, enquanto o dólar recuou 0,38%. Segundo analistas, a estabilidade do dia foi garantida pelo resultado do superávit primário do setor público, que veio acima das expectativas. A economia do setor público (governo, estatais, estados e municípios) para o pagamento da dívida ficou em 2,130 bilhões de reais, quando a mediana das expectativas do mercado apontava para déficit de 500 milhões de reais. O bom resultado foi garantido pela economia de estados e municípios. O governo central apresentou déficit de 3 bilhões de reais no período, segundo dados divulgados pelo Tesouro na quinta-feira.

Ao longo da semana, o desempenho da Bolsa foi influenciado, sobretudo, pela Petrobras. As ações da estatal avançaram 11,6% no período – sendo 8% apenas no pregão de quinta-feira. Analistas atribuem a disparada das ações da empresa à pesquisa CNI/Ibope que mostra a queda na aprovação do governo Dilma. “O mau humor do mercado em relação ao Brasil está tão agudo que qualquer notícia é capaz de criar volatilidade”, afirma o analista Robert Wood, da Economist Intelligence Unit (EIU).

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As ações subiram mesmo diante da perspectiva de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar indícios de desvio de dinheiro público na Petrobras. Todos os olhares estão direcionados à empresa depois que a presidente Dilma Rousseff confirmou, em nota, ter autorizado a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006 – o negócio gerou uma conta de 1,18 bilhão de dólares a ser paga pela estatal. Um ano antes, a mesma refinaria havia sido adquirida por 42,5 milhões de dólares pela empresa belga Astra Oil. Os investidores também estão atentos às investigações sobre a Operação Lava-Jato, que levaram à prisão do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, na última semana, por suspeitas de lavagem de dinheiro.

Segundo Wood, da EIU, a sinalização do mercado ao longo desta semana mostra que qualquer movimento político será acompanhado de perto até o fim do período eleitoral. “Os investidores vão olhar mais de perto as intenções de voto e isso deve acarretar mais volatilidade à bolsa brasileira até outubro”, afirma.

Câmbio – Já o dólar teve o maior recuo semanal em seis meses. No ano, a queda supera 4%. O movimento, segundo analistas, é decorrente de maior calmaria no mercado internacional – que acabou pressionando a valorização de moedas de países emergentes ante o dólar. “Agora que já passou a preocupação com o rebaixamento do rating brasileiro e a redução das compras de títulos nos Estados Unidos, há muito menos fatores pressionando o dólar para cima “, disse o economista-chefe da corretora BGC, Alfredo Barbutti, sem descartar, contudo, a possibilidade de uma correção no curto prazo.

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