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Aplicações de fundos de investimento na Petrobras caem 58%

Segundo 'Folha de S. Paulo', grandes investidores começaram a se desfazer dos papéis da estatal com o agravamento das denúncias de corrupção

Por Da Redação
2 fev 2015, 10h09

Investidores institucionais, como fundos e empresas de investimento, reduziram em 58% suas aplicações em ações da Petrobras nos últimos doze meses até outubro de 2014, de 7,4 bilhões para 3,1 bilhões de reais, mostrou levantamento da consultoria Comdinheiro. As informações foram publicadas nesta segunda-feira pelo jornal Folha de São Paulo.

“Isso mostra desânimo dos fundos. Se eles acreditassem na recuperação da companhia, estariam comprando, uma vez que o preço das ações está baixo”, disse o professor da Universidade de São Paulo (USP) e responsável pelo estudo, Rafael Paschoarelli.

As ações preferenciais da Petrobras (PN, sem direito a voto) caíram 6,51%, enquanto as ações ordinárias (ON, com direito a voto) recuaram 5,8% na sexta-feira. Na quarta-feira, depois de a estatal divulgar o balanço financeiro do terceiro trimestre sem as baixas contábeis, os papéis preferenciais da companhia chegaram a despencar 11,21% e os papéis ordinários chegaram a perder 10,48%.

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Grandes investidores decidiram se desfazer das ações da Petrobras ao mesmo tempo em que as denúncias de corrupção envolvendo a estatal começaram a ganhar força, de modo que o número de investidores também caiu 19% nos últimos doze meses até outubro, de 216 para 174 gestores. “A decisão dos gestores [de tirar os investimentos da companhia] não ocorreu do dia para a noite. Eles vêm avaliando a situação há bastante tempo e seguraram até o último minuto para sair”, afirmou o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), William Eid.

A Moody’s rebaixou na noite de quinta-feira todos os ratings (notas de crédito) da Petrobras, citando preocupações com as investigações sobre corrupção e com a divulgação de informações financeiras com dois meses de atraso e sem a assinatura da auditoria externa. Segundo a agência de classificação de risco, os números não auditados podem fazer com a estatal tenha mais dificuldades para captar dinheiro para seus investimentos.

Eid explicou que os pequenos investidores levam desvantagem em comparação aos grandes (institucionais) porque têm menos informações para se protegerem e situações adversas. Já Paschoarelli acrescentou que os pequenos investidores devem observar os investidores institucionais antes de decidirem manter ou vender suas ações. Segundo ele, a troca da presidência poderia tornar o cenário mais favorável para Petrobras. “Se entrasse alguém como Joaquim Levy, seria uma boa sinalização para o mercado”.

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