Apesar de S&P, Bovespa fecha em alta de quase 2%
Amparada por cenário externo favorável, bolsa brasileira quebrou uma série de sete pregões de perdas, terminando em alta de 1,78%, aos 49 mil pontos
Apesar do anúncio de que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou a perspectiva da nota brasileira para negativa, o principal índice da Bovespa terminou o dia no azul, após sete pregões no vermelho. Favorecido pela compra de ações por parte de investidores estrangeiros, o Ibovespa terminou o dia em alta de 1,78%, marcando 49.601,59 pontos. No mês, no entanto, o índice acumula perda de 6,55% e no ano, de 0,81%. O giro financeiro desta terça-feira totalizou 7,21 bilhões de reais.
Os analistas foram unânimes em afirmar que a Bovespa já havia precificado uma mudança da perspectiva da nota com o tombo dos últimos dias, mesmo que a movimentação tenha sido feita mirando a revisão da nota por outra agência de classificação de risco, a Moody’s.
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Ações – Com o forte movimento de compra, sobretudo por parte de investidores estrangeiros, ações da Vale subiram 7,94% (ON) e 6,14% (PNA), ajudadas pela recuperação do preço do minério de ferro na China. Papéis da Petrobras tiveram valorização de 5,37% (ON) e 4,84% (PN), ajudada pela valorização das petrolíferas em Wall Street. No setor siderúrgico, as ações da CSN (ON) tiveram a segunda maior alta do dia, de 10%, e as da Usiminas (PNA), a terceira maior, 8,29%.
EUA – A valorização da Bovespa também foi favorecida pelos ganhos das bolsas no exterior. Em Nova York, o Dow Jones subiu 1,09%, para 17.630,27 pontos, o S&P 500 teve valorização de 1,24%, para 2.093,25 pontos, e o Nasdaq subiu 0,98%, para 5.089,21 pontos.
(Com Estadão Conteúdo)