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Apesar de retração no último ano, mercado de arte cresce 64% desde 2009

Vendas globais do setor caíram 7,3% em 2015 sobre 2014, mas não comprometeram o setor, que vem crescendo desde a crise mundial

Por Da Redação
10 mar 2016, 12h50

Em linha com outros setores, o mercado de arte esfriou em 2015. O relatório anual divulgado pela Tefaf (The European Fine Art Foundation) mostrou que as vendas globais do mercado de arte registraram queda de 7,3% em 2015 – de 68,2 bilhões de dólares em 2014 para 63,8 bilhões de dólares no ano passado. Mas a queda do último ano não comprometeu o mercado de forma significativa, mostrou o estudo. O setor vem crescendo desde 2009, um ano depois da grande crise registrada em 2008. De lá para cá, esse mercado, dominado pela presença das casas de leilão Christie�s e Sotheby�s, teve uma expansão de 64%.

No ano passado, os Estados Unidos confirmaram sua posição como líder mundial desse segmento, respondendo por 27,3 bilhões de dólares desse total, equivalente a 43% das vendas em todo o mundo. O país é seguido na lista pela Grã-Bretanha (segundo lugar com 21% das vendas) e China (19% do total). Ou seja, os três países juntos ficam com 85% do bolo.

A nova classe emergente na China, que ajudou no crescimento das transações entre 2005 e 2011 (crescimento de 200% no período), parece agora não se interessar tanto por artistas ocidentais como nesse período. Hoje voltada para a arte tradicional, ela prefere comprar cerâmica para a cerimônia do chá a investir em Jeff Koons, por exemplo. A venda de peças de cerâmica e mercadorias similares na China cresceu 26% no ano passado.

A China esteve à frente da Grã-Bretanha entre 2012 e 2014, mas o mercado chinês experimenta uma queda significativa nas vendas de obras de arte, que caíram para 11,8 bilhões de dólares. A Grã-Bretanha, embora esteja em melhor posição, também registrou retração (as vendas ficaram em 13,5 bilhões de dólares), confirmando a estagnação econômica que atinge as vendas em toda a Europa.

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O interesse maior dos compradores e colecionadores recai sobre a produção moderna do pós-guerra e artistas contemporâneos. A venda dos modernos em 2015 teve um desempenho relativamente melhor – é nesse segmento que foram registrados os preços mais elevados, confirmando Picasso e Modigliani como os favoritos e os mais caros, ultrapassando a faixa de 170 milhões de dólares (cada um). Mesmo assim, em relação a 2014, a queda nas vendas em 2015 foi da ordem de 20%.

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Preparado pela especialista Clare Andrew, que todos os anos faz uma análise do mercado global para a Tefaf, o relatório da conceituada feira europeia não é propriamente pessimista. Em um ano em que as grandes economias globais não crescem, os compradores ficam mais cautelosos.

Nos leilões, 90% das obras foram vendidas por algo em torno de 50 mil de dólares (o que no Brasil é razoável e, nos EUA, uma pechincha). É preciso considerar que um mercado que emprega quase 3 milhões de pessoas em todo o mundo não vive apenas de colecionadores milionários, capazes de pagar cifras astronômicas por um Picasso.

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(Com Estadão Conteúdo)

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