ANP conclui investigação e mantém proibição à Chevron
Diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, diz que agência ainda não está convencida de que não há mais riscos de operação por parte da companhia
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou nesta terça-feira que concluiu as investigações sobre o vazamento no campo de Frade, operado pela petrolífera norte-americana Chevron na bacia de Campos. Com a finalização dos trabalhos, o órgão regulador optou por manter a proibição da companhia de perfurar no local.
Segundo a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, a agência diverge da Chevron sobre as causas do vazamento. Ela não deu detalhes sobre as conclusões das investigações, mas disse que a agência ainda não foi convencida de que não há mais riscos de operação por parte da Chevron em Frade. Por este motivo, a empresa continua impedida de perfurar no local.
A nova diretora-geral disse que a Chevron terá ainda espaço para se defender no caso. O principal executivo da companhia disse nesta terça-feira, nos Estados Unidos, que espera ter um tratamento “justo” no Brasil.
A diretora acrescentou que acredita que a multinacional conseguirá mitigar os problemas que a impedem de perfurar no país. O vazamento de ao menos 2.400 mil barris de petróleo no campo de Frade, em novembro, resultou na abertura de processos judiciais contra a Chevron, em autuações e pedido de indenização no valor de 20 bilhões de reais.
Nova rodada – Magda Chambriard disse também que ainda não conversou com a presidente Dilma Rousseff sobre a realização de uma nova rodada de licitação de blocos de petróleo. Ela explicou que a agência aguarda a aprovação do governo para seguir com um próximo leilão.
A diretora afirmou ainda que a ANP buscará descentralizar a exploração de petróleo no Brasil, pois a produção hoje é muito concentrada no Sudeste. Segundo Chambriard, estudos da ANP apontam acúmulo de gás para ser explorado em várias partes do Brasil.
(com Reuters)