Anfavea insiste na prorrogação de acordo com Argentina
Entidade do setor de veículos quer manter o livre comércio com o país vizinho, que exige revisão e uma cota de importação pelas montadoras brasileiras
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) entregou na tarde desta segunda-feira aos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior a proposta da entidade para uma negociação com a Argentina para um acordo bilateral. O presidente da Anfavea, Luiz Moan, disse que o setor insiste na prorrogação por dois anos do atual acordo automotivo da forma como está, ou seja, com a existência do livre comércio.
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A Anfavea resiste à proposta apresentada pela Argentina de retornar o mecanismo chamado “flex”, pelo qual as montadoras brasileiras têm uma cota de importação da Argentina para garantir exportações sem cobrança de tarifa. A Argentina quer que para cada 1,3 milhão de dólares exportado pelo Brasil para aquele país as montadoras sejam obrigadas a importar da Argentina 1 milhão de dólares.
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O executivo não quis, no entanto, antecipar a proposta apresentada pela Anfavea ao governo em relação às metas para o aumento do comércio bilateral. Segundo Moan, o governo ficou de avaliar “a factibilidade” da proposta. Moan negou rumores que o setor estaria se recusando a assinar um acordo com a fixação de metas que obriguem as montadoras brasileiras a aumentarem a aquisição de autopeças na Argentina. A próxima reunião entre Brasil e Argentina, envolvendo governos e setor automotivo, ocorrerá nos dias 27 e 28 de maio, em Buenos Aires.
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(Com Estadão Conteúdo)