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Alvo da Lava Jato, UTC demite 15 mil e pode vender Viracopos

Segundo jornal, venda do terminal paulista faz parte das discussões para alongar o prazo da dívida de R$ 1,2 bilhão com bancos

Por Da Redação
15 Maio 2015, 11h56

Desde que o controlador da UTC, Ricardo Pessoa, foi preso, em novembro do ano passado, a empresa, alvo da Operação Lava Jato, demitiu 15.000 dos 30.000 funcionários e devolveu metade do prédio que sua sede ocupa em São Paulo para economizar no aluguel. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a companhia negocia com bancos a venda de seu ativo mais precioso: a participação de 23% no aeroporto de Viracopos (SP). Pessoa é apontado como um dos líderes do cartel de empreiteiras do esquema de corrupção na Petrobras.

Para a UTC, a venda do terminal de Viracopos faz parte das discussões para alongar o prazo de sua dívida com bancos, estimada em 1,2 bilhão de reais. Os principais credores são Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil. Na avaliação de um dos bancos, a venda dos 23% de participação da UTC poderia render até 400 milhões de reais.

Devido aos desdobramentos da Lava Jato, a UTC enfrenta dificuldades para obter novos financiamentos. Junto com outras 22 empreiteiras, ela ficou proibida de participar de novas licitações da Petrobras. A empresa não quis comentar as mudanças que vem adotando para enxugar suas operações, mas disse, em nota, que “vem adotando todas as medidas para preservar sua capacidade produção e competitividade”.

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Histórico – A UTC foi comprada por Ricardo Pessoa e dois colegas no fim dos anos 1990. A empresa pertencia à empreiteira OAS, onde os três trabalhavam. Na época, a UTC se transformou de uma pequena empresa em uma das maiores fornecedoras da Petrobras, conduzida pelo boom de investimentos da estatal durante os anos Lula. Deu sua grande tacada em 2010, com a compra da empreiteira Constran, do empresário Olacyr de Moraes, ex-rei da soja.

Atualmente a empresa é a acusada pelo Ministério Público (MP) de pagar propina para conseguir contratos na Petrobras. Na última quarta, Pessoa fechou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República para contar detalhes sobre o esquema de corrupção na estatal. Após passar mais de 160 dias na cadeia, Pessoa agora está em prisão domiciliar e usa uma tornozeleira eletrônica para que a Justiça possa acompanhar seus passos.

(Da redação)

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