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Aluguel de loja em Congonhas é mais caro do que no shopping Iguatemi

Licitações para alugar uma loja no aeroporto de São Paulo fecharam com preços superiores à média do metro quadrado cobrado no shopping paulistano, que costumava ter o aluguel mais caro do país

Por Da Redação
22 jul 2013, 13h38

Os aeroportos brasileiros superaram os shoppings de luxo na lista de endereços mais caros para o varejo. As licitações mais recentes para alugar uma loja no aeroporto de Congonhas, por exemplo, fecharam com preços bem superiores à média do metro quadrado cobrado no shopping Iguatemi, em São Paulo, que custa 769 reais. As informações foram divulgadas pelo ranking da Cushman&Wakefield de 2012, que traz o espaço como o mais caro para os lojistas no Brasil.

A fabricante de meias e roupas íntimas Lupo, por exemplo, inaugurou no mês passado uma loja no aeroporto de Congonhas – um espaço de 21 m² , cujo aluguel custa 20 mil reais. São 952 reais por cada metro quadrado ocupado, o preço mais alto pago pela rede, que mantém cerca de 250 lojas no Brasil, de acordo com a gerente de franquias da marca, Carolina Pires. Isso porque Lupo conseguiu levar o espaço pelo preço mínimo. Como foi a única empresa interessada na licitação, não teve de participar de um leilão.

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No caso da lanchonete popular de Congonhas, que prevê a oferta de alimentação a preços comedidos, uma disputa entre nove empresas no pregão realizado no fim do ano passado inflou o valor de locação para quase quatro vezes o lance inicial. A área de 68 metros quadrados no subsolo do desembarque foi alugada por 67 mil reais mensais pela RA Catering, ou 985 reais por metro quadrado.

A Infraero faturou 1,3 bilhão de reais com a exploração comercial dos aeroportos em 2012, uma alta de 17,5% em relação a 2011. Ao todo, a empresa tem 5 mil contratos ativos em 63 aeroportos, que lhe garantem cerca de 30% de sua receita.

�O preço disparou nos últimos anos e superou os shoppings de luxo. Isso não era uma situação normal no país�, disse Mauro Gandra, presidente da Associação Nacional de Concessionárias de Aeroportos Brasileiros (Ancab), entidade que reúne as principais empresas que alugam espaços nos aeroportos. Ele atribui a alta no valor das locações ao reajuste de preços na tabela da Infraero e à maior concorrência entre os varejistas pelos espaços.

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O especialista em infraestrutura aeroportuária e consultor da Aeroservice, Mário de Mello Santos, diz que o custo mais alto do aluguel em aeroportos do que em shopping centers é praxe no exterior. O motivo é que o varejista tem acesso a um local com tráfego de passageiros intenso e concorrência menor. Os aeroportos brasileiros registraram 193 milhões de embarques e desembarques no ano passado, segundo a Infraero.

�Um local com limitação de concorrência permite que o varejo trabalhe com margens mais altas. Por isso tende a ser mais caro�, disse o presidente do Programa de Administração de Varejo, Claudio Felisoni.

No Brasil, a alta dos aluguéis nos aeroportos foi puxada por uma mudança no formato da licitação da Infraero no fim de 2009. �Começamos a oferecer os espaços por meio de pregão presencial, que propicia uma disputa maior entre as empresas�, disse o superintendente regional da Infraero em São Paulo, Willer Furtado. �Uma pode cobrir o lance da outra, o que antes não era possível, e isso acaba pressionando os preços.�

A Infraero estabelece um preço mínimo para a locação do espaço e inicia um leilão. Segundo Furtado, o valor é definido pela Infraero de acordo com pesquisas feitas em todos os aeroportos administrados pela estatal e até em shopping centers.

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(com Estadão Conteúdo)

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