Alemanha sinaliza que não aliviará dívida grega e pede rapidez em negociações
Merkel e Hollande se encontram em Paris e pedem propostas a Atenas até o fim desta semana
Por Da Redação
6 jul 2015, 15h55
Líderes dos países europeus se reuniram, nesta segunda-feira, em Paris e pediram que a Grécia seja rápida na entrega de suas propostas para impedir a quebra do país e sua saída da zona do euro. Ao mesmo tempo, a Alemanha sinalizou que não pretende ceder na questão do perdão à dívida grega. Martin Jäger, porta-voz do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, afirmou a jornalistas que a redução da dívida “não entraria na mesa de negociações”. Ao final do encontro, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande pediram que Atenas proponha um plano que envolva a execução de reformas econômicas em troca da liberação de mais recursos financeiros. “A porta está aberta para discussão”, disseram ambos os líderes.
Hollande e Merkel pediram ao primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que faça propostas “sérias” rapidamente. Merkel também afirmou que as condições para uma discussão sobre o programa envolvendo o fundo de resgate da União Europeia não existem. A utilização dos recursos do fundo era um dos pedidos da Grécia para viabilizar o pagamento de parte da dívida com os credores internacionais.
Os dois líderes afirmaram que todos os chefes de estado da zona do euro devem se reunir na terça-feira para tratar do resultado do referendo grego, em que 67% da população votou contra as medidas de austeridade exigidas pelos credores em troca da liberação de mais recursos para equilibrar a dívida grega. “As condições para novas negociações e um plano europeu concreto ainda não foram alcançadas. Por isso estamos na expectativa de propostas do governo grego. É urgente que se tenha propostas para que saiamos dessa situação”, disse Hollande, em pronunciamento.
Ao mesmo tempo em que Hollande e Merkel se reuniam, o Banco Central Europeu (BCE) informou novas medidas que devem apertar as condições para os credores gregos reaverem o dinheiro investido em títulos do país. A linha de concessão de recursos emergenciais do Banco Central Europeu, de 89 bilhões de euros, se manteve. Porém, a autoridade monetária exigirá mais garantias sobre os bônus emitidos pelos bancos gregos para acessar essa quantia.
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