Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Alemães querem peso maior em decisões do BCE

Para membro do parlamento alemão, a Alemanha, como principal credor, precisa ter poder de veto em todas as decisões

Por Da Redação
16 ago 2012, 11h45

Políticos da coalizão governista da Alemanha estão exigindo que o país tenha mais influência no processo decisório do Banco Central Europeu, informou hoje o jornal alemão Handelsblatt.

“Como principal credor, a Alemanha precisa ter poder de veto em todas as decisões”, defendeu Klaus-Peter Willsch, membro do parlamento e especialista em orçamento da União Democrata Cristã (CDU, na sigla em alemão), da chanceler Angela Merkel.

A frustração da Alemanha com as decisões do BCE ocorre enquanto o BC europeu, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional ponderam se devem conceder mais ajuda à Grécia. Além disso, o presidente do BCE, Mario Draghi, recentemente sinalizou que a instituição está preparada para retomar as compras de títulos soberanos da zona do euro para ajudar a reduzir os custos de financiamento de alguns países da região.

Leia mais:

Alemanha desacelera e França tem crescimento zero

Continua após a publicidade

“Sob o comando de Draghi, o BCE está infelizmente se transformando num financiador de dívida soberana e num banco ruim, indo contra a legislação do tratado europeu”, afirmou Willsch à publicação.

Frank Schaeffler, especialista de finanças do parceiro da CDU na coalizão, o Partido Democrático Liberal (FDP, na sigla em alemão), também criticou o BCE. “As regras ainda estão no papel, mas na prática elas foram destruídas”, afirmou ao Handelsblatt.

Schaeffler também defendeu que a Alemanha tenha mais peso nas decisões do BCE. “O fato de Chipre e Malta ter o mesmo peso da Alemanha é uma grave falha”, disse.

Leia também:

Alemanha pode bloquear nova ajuda a Grécia

Já Carsten Schneider, especialista em orçamento do Partido social-democrata (SPD, na sigla em alemão), de oposição, diz que o BCE deveria focar no seu mandato de garantir a estabilidade dos preços. “De forma alguma, o BCE deveria financiar dívida soberana, o que já aconteceu de maneira indireta pela compra de títulos soberanos”, disse Schneider, que também é membro do Parlamento.

Schneider também rejeitou a ideia do BCE se tornar um regulador bancário na zona do euro, dizendo que a instituição não poderia ser um supervisor independente, visto que o BC europeu provê liquidez aos bancos em troca de colateral.

(Com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.