Alcoa suspende produção de alumínio primário no Brasil
Produção vem sofrendo com a forte elevação nos custos da energia no país. Interrupção deve acontecer até o dia 15 de abril
A Alcoa anunciou nesta segunda-feira a suspensão das atividades de sua usina de alumínio em São Luís, no Maranhão, com corte de 74 mil toneladas de capacidade da Alumar. Com a decisão, a empresa deixa de produzir alumínio primário no Brasil, uma atividade eletrointensiva que vem sofrendo com a forte elevação nos custos da energia no país. A interrupção na produção deve acontecer até o dia 15 de abril. Segundo a empresa, a medida está alinhada com o plano de avaliar cortes na produção para otimizar seu portfólio
A suspensão das 74 mil toneladas remanescentes se soma às 85 mil toneladas métricas de capacidade paralisadas na unidade em maio de 2014 e as 12 mil toneladas que já tinham sido cortadas em outubro do ano passado. “Continuamos a tomar medidas decisivas para criar um negócio competitivo em nível global baseados em uma revisão da nossa capacidade nos negócios de produtos primários”, disse em comunicado à imprensa Bob Wilt, presidente global do grupo de produtos primários da Alcoa.
Leia mais:
Com produção baixa, país tem de importar alumínio
Rio Tinto coloca à venda US$ 8 bi em ativos de alumínio
Segundo a companhia, a Alumar era um dos maiores complexos do mundo para produção de alumínio primário e alumina, tendo sido inaugurado em julho de 1984, em parceria com as multinacionais Rio Tinto Alcan e BHP Billiton. A Alcoa não informou quantos funcionários a Alumar emprega na atividade e qual será o destino deles.
O ajuste na linha de produção de São Luís fará com que a Alcoa deixe de produzir aproximadamente 740 mil toneladas métricas anuais, o equivalente a 21% de sua capacidade de produção de metal. Com a decisão da Alcoa, os produtores de alumínio primário no Brasil se reduzem a Votorantim Metais e Albras Alumínio Brasileiro, controlada pela europeia Norsk Hydro, informou a entidade.
(Com agência Reuters)