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Acordo com EUA acontece em pior ano econômico de Cuba sob Raúl Castro

Segundo dados da Cepal, PIB da ilha deve avançar apenas 1,3% em 2014, menos da metade da média dos anos anteriores, de 2,7%

Por Da Redação
18 dez 2014, 08h50

A reaproximação entre Estados Unidos e Cuba ocorre no final do ano de pior crescimento econômico cubano desde o início do governo Raúl Castro, em 2008. O Produto Interno Bruto (PIB) da ilha deve avançar apenas 1,3% em 2014, índice inferior à expansão média de 2,7% de anos anteriores, segundo dados da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal), organismo da ONU. As informações foram publicadas nesta quinta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo.

A flexibilização das restrições econômicas americanas devem ter impacto positivo na atração de investimentos estrangeiros e no financiamento do setor privado, segundo o economista cubano Pavel Vidal, professor da Universidade Javeriana Cali, na Colômbia. Ele acrescenta que tais estímulos poderiam minimizar o impacto de uma eventual quebra da Venezuela, que enfrenta uma severa crise devido à queda do preço do petróleo e ao descontrole dos gastos públicos. “O mais importante é a mensagem muito positiva para o investimento estrangeiro e sobre o futuro econômico de Cuba, ao diminuir os riscos e custos de ter vínculos com o país”, disse.

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A iniciativa privada deve se beneficiar dos anúncios dos EUA. Em Cuba, este setor emprega apenas 500.000 pessoas em um país de 11 milhões de habitantes. Com a maior facilidade de entrada de dinheiro dos EUA por meio de remessas e do crescimento do fluxo de turistas, haverá mais capital para financiar pequenos e médios negócios.

Conforme Vidal, um terceiro impacto importante é a exclusão de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo, pois reduzirá os custos financeiros para os bancos da ilha.

O acordo entre Cuba e EUA foi costurado durante dezoito meses de negociações secretas hospedadas em grande parte no Canadá e encorajado pelo papa Francisco, que organizou uma reunião final entre as partes no Vaticano, o presidente Obama e o ditador Raúl Castro de Cuba. Eles concordaram em deixar para trás décadas de hostilidade para construir uma nova relação entre os EUA e a ilha comunista que fica a apenas noventa minutos da costa americana. Em pronunciamento na quarta-feira, Obama agradeceu ao papa Francisco e ao Canadá.

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