Ações da Petrobras sobem 9% com expectativa de balanço
Mesmo com disparada de papéis da estatal, Ibovespa fechou próximo da estabilidade, com alta de 0,26%
O principal índice da Bovespa fechou praticamente estável nesta quinta-feira após uma sessão volátil, marcada pela disparada das ações da Petrobras em meio à cobertura de posições vendidas e forte queda dos papéis de bancos por causa de apreensões sobre mudanças na tributação do setor. Além disso, a revisão da perspectiva do rating do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch ajudou na instabilidade do pregão.
O Ibovespa encerrou com alta de apenas 0,26%, mas suficiente para renovar a máxima desde 28 de novembro ao marcar 53.802 pontos. Ao longo do dia, subiu 0,64% na máxima e caiu 0,69% na mínima. O volume financeiro somou 6,7 bilhões de reais.
As ações da Petrobras dispararam mais de 9%, com operadores atrelando o movimento principalmente à expectativa de que o balanço auditado da empresa possa sair em cerca de 10 dias.
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Nem o comunicado da estatal de que “não há data definida para a divulgação” dos dados freou o avanço. As preferenciais fecharam em alta de 9,06% e Petrobras ON subiu 9,28%, nas maiores altas dos papéis desde 3 de fevereiro.
O salto nos papéis da estatal foi ofuscado pelo declínio dos bancos após a revista EXAME, da Editora Abril, que publica VEJA, informar que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) teria sido avisada que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, quer elevar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras. De acordo com o texto da revista, a alíquota seria elevada de 15% para 17%.
A agência de classificação de risco Fitch pesou do lado negativo ao manter rating brasileiro em “BBB”, mas reduzir a perspectiva da nota para negativa – anteriormente era estável. A agência citou como justificativa a contínua fraqueza econômica no país, maior desequilíbrio macroeconômico e deterioração fiscal.
(Com Reuters)