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Viagens ao espaço podem acelerar Alzheimer, diz estudo

Exposição à radiação cósmica pode levar a problemas cognitivos e acelerar mudanças no cérebro associadas à doença neurológica

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h24 - Publicado em 1 jan 2013, 12h09

Longas viagens ao espaço, como uma missão a Marte, podem expor os astronautas a níveis de radiação cósmica prejudiciais ao cérebro e acelerar o Alzheimer. É o que indica um estudo americano financiado pela Nasa. Na pesquisa, ratos foram submetidos a variadas doses de radiação, incluindo níveis comparáveis aos que os astronautas experimentariam durante uma missão a Marte. Os animais expostos à radiação foram muito mais propensos a não conseguir lembrar objetos ou lugares, o que sugere uma deterioração neurológica precoce.

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A demência é causada por uma variedade de doenças no cérebro que afetam a memória, o pensamento, o comportamento e a habilidade de realizar atividades cotidianas. O Alzheimer é a causa mais comum de demência e corresponde a cerca de 70% dos casos. Os sintomas mais comuns são: perda de memória, confusão, irritabilidade e agressividade, alterações de humor e falhas de linguagem.

“A radiação cósmica galáctica representa uma ameaça importante para os futuros astronautas”, diz Michael O’Banion, professor da Universidade de Rochester e principal autor do estudo, publicado na revista PLoS ONE. “Nosso estudo demonstra pela primeira vez que a exposição a níveis de radiação equivalentes a uma missão a Marte pode produzir problemas cognitivos e acelerar as mudanças no cérebro que estão associadas à doença de Alzheimer”, diz.

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A Nasa planeja missões tripuladas a um asteroide longínquo em 2021 e a Marte em 2035. Uma viagem de ida e volta ao planeta vermelho pode levar até três anos.

Radiação – Enquanto o espaço está repleto de radiação, o campo magnético da Terra protege, em geral, o planeta e os seres humanos localizados em uma órbita baixa da Terra destas partículas. Mas, uma vez que os astronautas saem da órbita terrestre, estão expostos a uma chuva de radiações diferentes.

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Nos últimos 25 anos, a Nasa financiou pesquisas para determinar os riscos potenciais das viagens espaciais para a saúde humana. O objetivo era desenvolver contra-medidas e determinar se estes riscos podem colocar em perigo as missões tripuladas prolongadas ao espaço profundo.

Vários estudos anteriores demonstraram o potencial de desenvolver câncer, doenças cardiovasculares e transtornos musculoesqueléticos pelo impacto da radiação cósmica galáctica. Mas o estudo da Universidade de Rochester examinou o potencial impacto da radiação espacial na neurodegeneração e, em particular, nos processos biológicos no cérebro que contribuem para o desenvolvimento do Alzheimer.

Os cérebros dos ratos também mostraram sinais de alterações vasculares e uma maior acumulação da beta-amilóide, a proteína “placa” que se acumula no cérebro e que é uma das características da doença.

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(Com agência France-Presse)

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