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Teoria de que vida surgiu fora da Terra não é impossível, afirma pesquisadora

A teoria da panspermia defende que a vida chegou à Terra por meio de impactos de meteoros, em uma época em que o Sistema Solar era mais jovem e os bombardeios de corpos celestes mais frequentes

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h17 - Publicado em 15 set 2013, 15h42

No longa Prometheus, de Ridley Scott, uma equipe de exploradores espaciais segue um mapa estelar à procura do que, acreditam, seja o começo da vida na Terra. A crença de que a vida teve origem em outra parte do Universo e chegou à Terra por meio do impacto de meteoros não é exclusividade dos filmes de ficção científica. A linha teórica que defende nossa ascendência alienígena é chamada de panspermia – e é levada à serio por um grupo de cientistas. Agora, um estudo apresentado recentemente em um Congresso Europeu de Ciência Planetária, na Inglaterra, pode ter reaberto a discussão sobre as origens da vida. A pesquisa não conseguiu, de fato, comprovar cientificamente que a panspermia pode ser possível, mas fez parte disso: ela demonstrou que isso não é impossível.

Os desafios em explicar como a vida pode ter chegado à Terra por meio de impactos de meteoros, em uma época em que o Sistema Solar era mais jovem e os bombardeios de corpos celestes mais frequentes, são muitos. O mais intrigante, no entanto, é decifrar como alguma forma de vida, mesmo aquelas mais resistentes, poderia ter sobrevivido a obstáculos como o impacto do lançamento no espaço, as temperaturas congelantes, a radiação mortal do espaço e a entrada na atmosfera terrestre.

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Pesquisa – O novo estudo apresentado durante o Congresso procurou descobrir se a sobrevivência de algum organismo seria possível sob essas condições. Dina Pasini, pesquisadora do Centro de Astrofísica e Ciência Planetária da Universidade de Kent, na Inglaterra, utilizou amostras congeladas de Nannochloropsis oculata, uma alga unicelular, para testar a teoria. As amostras foram aceleradas a altas velocidades e atiradas na água. Depois disso, Dina as analisou para descobrir se elas tinham sobrevivido.

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“Como era esperado, quanto maior a velocidade do impacto, mais algas foram mortas, mas mesmo a 6,9 quilômetros por segundo, uma pequena parte delas sobreviveu. Esse é o tipo de velocidade esperada caso um meteorito atinja um planeta como a Terra”, explica a pesquisadora.

Além da possibilidade de sobreviver ao congelamento e aos impactos que ocorrem quando as rochas são ejetadas de um planeta e atingem outro, os pesquisadores acreditam que existem razões para supor que os outros problemas relacionados à panspermia podem ser superados. O gelo e as rochas podem, por exemplo, oferecer proteção contra a radiação, e o calor gerado pela entrada na atmosfera da Terra pode aquecer apenas uma fina camada externa da rocha, sem chegar ao local onde a vida se encontra.

Para a pesquisadora, a principal conclusão do estudo é que a panspermia, apesar de não ter sido provada, também não é impossível. “Nossa pesquisa levanta muitos questionamentos: se nós encontrarmos vida em outro planeta, será realmente vida alienígena ou terá relação com a gente? E se tiver, nós demos origem a ela ou ela deu origem à gente? Nós não podemos responder essas perguntas ainda, mas elas não são tão improváveis quanto as pessoas podem pensar.”

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