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SP e Rio investem bilhões, mas ainda estão longe de despoluir o Rio Tietê e a Baía de Guanabara

Na capital paulista, Rio Tietê dá os primeiros sinais de que sua reabilitação é possível. No Rio, estado investe para despoluir a Baía de Guanabara até 2016

Por Juliana Arini
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h32 - Publicado em 22 jun 2012, 13h06

Ao longo da semana, o site de VEJA tratou dos desafios da sustentabilidade em São Paulo e no Rio de Janeiro e as iniciativas que estão sendo tomadas para vencê-los. Já foram abordados três temas: poluição, reciclagem e a influência das metrópoles na exploração dos recursos da Amazônia. Nesta sexta-feira, quando se encerra a Rio+20, mais dois assuntos encerram a série: lixo e saneamento básico. Confira abaixo a situação das duas cidades:

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Problema: As estações de tratamento de esgoto coletam e tratam 98% do esgoto doméstico da cidade, um número superior até aos índices de cidades como Londres. Mesmo assim, o rio Tietê e seu maior tributário, o rio Pinheiros, são considerados biologicamente mortos. A metrópole tem ainda um dos problemas mais graves de abastecimento do Brasil. A maior cidade do país tem uma oferta de água muito inferior ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde, com disponibilidade de 208 m3/s, quando o necessário seriam 1 500 m3/s.

Solução: Em 1992, 1,2 milhão de pessoas assinaram um abaixo-assinado exigindo a despoluição dos rios paulistanos. O governo lançou o Projeto Tietê para a despoluição do Tietê e do Pinheiros, que juntos deságuam na represa Billings.

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O sucesso do projeto ainda não pode ser percebido por quem trafega nas avenidas marginais que circundam São Paulo e se depara com um rio poluído. Mas o governo e as entidades envolvidas no projeto estão otimistas. Os números mostram que 20 anos depois e com um investimento de 1,4 bilhão de dólares, o rio Tietê dá os primeiros sinais de que sua reabilitação é possível. A mancha de poluição recuou cerca de 200 quilômetros e as águas da Billings estão 20% mais limpas, permitindo inclusive a prática de esportes nâuticos.

A aposta na recuperação do rio é tanta que está sendo construída uma ciclovia ao longo do Tietê, ligando a capital às nascentes, no município de Salesópolis. Novas pistas já foram concluídas dentro de São Paulo, no Parque Ecológico do Tietê. A próxima etapa é ligar o bairro da Penha a Salesópolis. Essa ciclovia percorrerá o futuro Parque Várzeas do Tietê, que vai ser a maior área de conservação linear do mundo, com 75 quilômetros de extensão. As obras devem custar 1 bilhão de dólares, investidos pelo governo do Estado e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID ).

Segundo estimativas da ONG SOS Mata Atlântica, que monitora o projeto de despoluição dos rios de São Paulo, é possível pensar em Tietê e Pinheiros limpos até 2030, mesmo dentro do perímetro urbano.

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Problema: A cidade apresenta índices menos avançados que os de São Paulo em relação ao saneamento. Ainda tem 70% de seu esgoto sem tratamento. Grande parte acaba sendo despejada na Baía de Guanabara. O abastecimento é dependente de outras regiões praticamente desde a fundação do Rio de Janeiro. Da década de 1950 até hoje, a água que abastece os cidadãos vem do rio Guandu. A Estação de Tratamento Guandu é responsável por 80% do abastecimento da capital e está no Guinness Book como a maior do mundo em produção contínua.

Solução: A empresa de águas da cidade, a Nova Cedae, pretende manter-se no Guinness Book, e já trabalha na ampliação em 30% do sistema da Estação de Tratamento Guandu. Despoluir a Baía de Guanabara, contudo, é a meta mais ambiciosa da cidade, além de ser promessa do governo para os Jogos Olímpicos de 2016. Os investimentos do Estado do Rio na despoluição da Baía de Guanabara chegarão a 2 bilhões de reais nos próximos três anos. Em 2011, o governo estadual investiu mais de 100 milhões de reais em obras de saneamento, com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam).

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