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Fernando de Noronha enfrenta pior seca de sua história

Fenômeno já esgotou o único manancial de água doce da região. Sem chuva desde junho, os moradores sofrem com cortes de água

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h13 - Publicado em 16 mar 2014, 11h32

A ilha de Fernando de Noronha sofre a pior seca dos últimos 50 anos. O fenômeno já esgotou o único manancial de água doce da região. Sem chuva desde junho do ano passado, os quase 3.000 habitantes da ilha e os turistas sofrem com cortes de água e sobrevivem com a que chega a partir da única usina dessalinizadora da ilha, que agora não consegue abastecer todos.

Apesar do trabalho incansável dos caminhões-pipa que percorrem a ilha durante o dia todo transportando água dessalinizada, a prefeitura de Fernando de Noronha teve de dividir seu território em oito áreas – cada uma recebe água a cada nove dias.

Quando a temporada de chuva passou, os moradores da ilha, descoberta por Américo Vespúcio em uma de suas primeiras viagens, recebiam água um dia a cada cinco, abastecimento que foi diminuindo conforme caíam as reservas. A dependência do manancial para abastecer os moradores é complementada com uma bateria de quatro dessalinizadoras que transformam a água do mar em água potável.

Quando cheio, o manancial tem capacidade para acumular 411.000 metros cúbicos de água e os moradores têm o fornecimento garantido, já que a maioria dos lares conta com depósitos. Com uma produção de 27 metros cúbicos por hora, a água que sai das unidades dessalinizadoras é distribuída por caminhões-pipa que percorrem os poucos 17 quilômetros quadrados da ilha, mas o aumento de habitantes e turistas no último ano, aliado à seca, tornou essa quantidade insuficiente.

Com a ampliação proposta na semana passada pela Companhia Pernambucana de Saneamento e após o investimento de 4,7 milhões de reais para as obras, a fábrica poderá dessalinizar 60 metros cúbicos de água por hora, 24 por dia, o que, em princípio, acabaria com o problema.

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Apesar da carência de água, as autoridades garantiram que hospital e unidades de atendimento básico não estão sem água e, como explicou à agência EFE a coordenadora de saúde da ilha, Fátima Sousa, “não houve transtornos” nestes centros.

A situação levou muitos dos habitantes a situações extremas apesar do racionamento, e no último dia 8 houve protestos e o bloqueio de uma das estradas da ilha com barricadas e pneus incendiados. De acordo com o diretor da Compesa, Fernando Lobo, nas últimas semanas a situação se agravou com a multiplicação de visitantes que chegaram à ilha para aproveitar o Carnaval. “Durante este período há um aumento aproximado de 20% no consumo de água”, afirmou.

Lobo destacou que, ao contrário do que acontece no resto do país, onde a seca afeta estados como São Paulo e Rio Grande do Sul, as soluções para a falta de água têm que ser geradas dentro da própria ilha, já que é inviável transportar água de outras regiões.

(Com agência EFE)

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