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Rosetta: Centro Espacial Alemão diz que “chegou a hora de dizer adeus a Philae”

A superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko se tornou mais hostil para o módulo, e as chances do robô Philae se comunicar novamente com os cientistas da DLR é “quase zero”; cientistas não vão enviar novos comandos ao robô

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 15h58 - Publicado em 12 fev 2016, 10h52

Cientistas do Centro Espacial Alemão (DLR, na sigla em alemão) afirmaram, nesta sexta-feira (12), que “chegou a hora de dizer adeus a Philae”. De acordo com os pesquisadores, a superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko se tornou mais hostil para o módulo, e a chance do robô Philae se comunicar novamente com os cientistas da DLR é “quase zero”.

“Infelizmente, as probabilidades de restabelecer contato com nossa equipe do centro de operações é quase nula e deixaremos de enviar instruções, razão pela qual será muito surpreendente se recebermos um sinal a partir de agora”, disse Stephan Ulamec, responsável pelo centro espacial alemão.

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Rosetta – Realizando um feito inédito, a sonda Rosetta, projetada pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), entrou em 12 de novembro de 2014 na órbita do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko e baixou o robô Philae até sua superfície, com a missão de enviar informações sobre o corpo celeste. No entanto, ao tocar o cometa, Philae quicou e se afastou do local cuidadosamente escolhido pelos cientistas. O robô permaneceu hibernando desde que sua bateria solar acabou e, em junho de 2015 voltou a fazer contato com os cientistas, mas logo entrou em silêncio novamente.

A agência conseguiu se comunicar com o módulo pela última vez em 9 de julho de 2015. Em 10 de janeiro de 2016, a equipe da DLR tentou um último contato com Philae – em vão. A ideia dos pesquisadores era enviar um comando para que Philae se movesse e assumisse uma posição mais favorável ao recebimento de luz solar, possibilitando que ela se desfizesse da poeira depositada em seus painéis,o que faria com que o robô “voltasse à vida”. A tentativa fracassou e, desde então, o fim de Philae tem sido cogitado pelos europeus.

Ambiente hostil – As condições do cometa são “desconfortáveis” para a atividade de Philae, uma vez que 67P/Churyumov-Gerasimenko permanece se afastando do Sol, o que reduz sua temperatura, deixando o robô sem energia para suas placas solares. De acordo com os engenheiros, a partir de 51 graus Celsius negativos, Philae não consegue mais operar.

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A agência declarou que diversas estreias no espaço foram realizadas pela missão Rosetta, consagrada pelo pouso histórico da sonda em um cometa com órbita em torno do Sol. “A missão Philae foi especial – não só foi a primeira vez que uma sonda pousou na superfície de um cometa, como também possibilitou que recebêssemos dados fascinantes do robô. Rosetta e Philae mostraram como pesquisas aeroespaciais podem expandir os horizontes da humanidade e tornaram público o nosso trabalho”, afirmou Pascale Ehrenfreund, presidente do conselho da DLR e um dos cientistas responsáveis pela missão. “Mesmo que algumas medições não tenham sido realizadas, em um geral, Philae foi um sucesso”, disse Ekkehard Kürt, cientista planetário da DLR.

O centro espacial francês CNES afirmou que, apesar de não enviarem mais instruções ao robô, o centro espacial de Toulouse “continua ouvindo a Rosetta, cujas antenas seguem dirigidas para Philae, atenta ao menor respiro”. A sonda Rosetta seguirá realizando medições na órbita em torno do cometa 67P, até que, em setembro, ela pousará na superfície do cometa, acompanhando Philae para sempre.

(Da redação)

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