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Restos perdidos do ‘Homem de Pequim’ podem estar sob um estacionamento

Novo estudo segue a pista deixada por um soldado americano, que disse ter visto fósseis do humanídeo em uma cidade portuária chinesa, em 1947

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h40 - Publicado em 3 abr 2012, 15h02

Após 70 anos de mistério e buscas infrutíferas, surge uma nova pista dos restos perdidos do ‘Homem de Pequim‘, um dos mais antigos antepassados do homem moderno. Segundo um estudo realizado por especialistas da China e África do Sul, os fósses do Homo erectus Pekinensis estão enterrados sob um estacionamento na China.

A informação foi dada pelo professor sul-africano Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand. Auxiliado por dois pesquisadores chineses do Instituto de Paleontologia de Pequim, ele tenta acabar com um dos grandes enigmas arqueológicos do século 20: o paradeiro do ‘Homem de Pequim’.

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O HOMEM DE PEQUIM

Os restos do ‘Homem de Pequim’, pertencentes a pelo menos seis antepassados (dois deles adolescentes), foram encontrados entre 1929 e 1937 por antropólogos suecos, canadenses e austríacos em Zhoukoudian, localidade ao sul de Pequim que desde 1987 está na lista de Patrimônio Mundial da Unesco.

Os restos têm idade calculada entre 300.000 e 500.000 anos. Alguns paleontólogos acreditam que os fósseis poderiam ser os mais antigos exemplares do Homo erectus no planeta.

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Embora os restos tenham se perdido, os cientistas continuam os estudos usando cópias fiéis dos fósseis realizadas na década de 1930 e novos achados posteriores do mesmo local – embora não tão completos.

Os fósseis foram extraviados durante a II Guerra Mundial, em 1941, quando o Exército americano tentava tirá-los da China para protegê-los dos invasores japoneses. Contudo, eles desapareceram no porto de Qinhuangdao.

Após mais de sete décadas, os especialistas da China e da África do Sul afirmam que os restos do Homo erectus Pekinensis, nome pelo qual o ‘Homem de Pequim’ ficou conhecido, por se tratar de um exemplar de Homo erectus, podem estar em uma região agora densamente urbanizada de Qinhuangdao (porto do norte da China onde a Grande Muralha encontra o mar), onde naquela época havia uma base militar americana.

Estacionamento – O estudo, publicado na South African Journal of Science, baseia sua hipótese no depoimento de um soldado americano da época, Richard Bowen, que afirma ter visto os famosos fósseis em 1947. Bowen, que agora tem mais de 80 anos, estava na base durante a guerra civil entre os nacionalistas apoiados pelos EUA e os comunistas liderados por Mao Tsé-tung.

Na noite anterior à captura da base, Bowen se lembra de ter visto enterradas caixas com fósseis que agora os especialistas relacionam com os restos do ‘Homem de Pequim’. Os especialistas acham mais provável que os ossos pertençam aos fósseis, já que seis anos antes estavam nas mãos de militares também americanos e na mesma cidade.

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O estudo determinou que a localização mais provável das caixas é um estacionamento de alguns armazéns da Companhia de Exportação e Importação de Comida de Hebei, vizinha a Pequim.

Tanto o Governo dos EUA como da China lançaram campanhas e ofereceram recompensas para tentar localizar os fósseis, até agora sem sucesso.

Qinhuangdao

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Qinhuangdao é uma cidade portuária na província de Hebei, no Norte da China. Ela fica a 300 quilômetros de Pequim e tem uma população de 3 milhões.

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(Com agência EFE)

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