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Ressonância magnética pode revelar preferência musical

Atividade cerebral dá pistas sobre o sucesso que uma música pode obter, conforme estudo feito com 27 adolescentes entre 12 e 17 anos de idade

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h06 - Publicado em 13 jun 2011, 13h21

Uma equipe da Universidade Emory, nos EUA, empenhada em descobrir como jovens reagem à pressão dos demais, acabou por observar que imagens do cérebro também podem dar pistas sobre quais músicas farão sucesso ou não.

Ao analisar ressonâncias magnéticas funcionais (fMRI) de jovens que assistiam a clipes de músicas pouco famosas no MySpace, pesquisadores chegaram à conclusão de que a popularidade de uma canção – ou seja, se ela possui muitos votos ou não no site – era em boa parte o resultado da vontade que adolescentes tinham em se enquadrar. Por mais que as imagens indicassem atividades em áreas do cérebro associadas ao mecanismo de recompensa, excitação fisiológica e percepção de sons (que poderiam mostrar se uma pessoa recebeu bem ou não a música), jovens tendiam a votar ou mudar de escolha conforme a reação dos demais.

O estudo, originalmente concebido para estudar o mecanismo de pressão social, passou a englobar outra perspectiva quando, três anos mais tarde, um dos pesquisadores assistiu ao programa American Idol e percebeu que uma das músicas utilizadas no estudo (propositalmente desconhecidas para evitar resultados baseados em uma influência anterior) havia se tornado um hit de sucesso. Os pesquisadores então passaram a se questionar se aquelas imagens poderiam indicar quais músicas se tornariam sucesso ou não. Uma análise comparativa das ressonâncias e discos vendidos entre 2007 e 2010 mostrou que as imagens do cérebro poderiam dar dicas sobre a reação do público a determinadas canções.

Embora três músicas que não faziam parte das dez mais “queridas” pelo cérebro tenham atendido aos critérios da indústria musical, com pelo menos 500 mil unidades vendidas, e apenas cinco da lista das mais populares tenham vendido mais do que 50 mil cópias, a equipe percebeu que o cérebro de jovens pode prever cerca de um terço das músicas capazes de vender mais do que 20 mil unidades. Além disso, noventa por cento das músicas que tiveram uma resposta ruim da região cerebral responsável pela recompensa apresentaram vendas inferiores a 20 mil unidades.

O estudo envolveu apenas 27 adolescentes entre 12 e 17 anos de idade. Conforme os pesquisadores, os dados mostram que ressonâncias magnéticas podem ser usadas para prever parte do comportamento de usuários e aceitação de novas culturas pela sociedade. Comportamentos neurobiológicos podem dar boas pistas de como produtos ou ideias serão recebidas por determinados grupos sociais. Um artigo sobre o trabalho foi publicado no Journal of Consumer Psychology.

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