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Perda de genes explica cérebro maior e pênis sem espinhos

Genes 'apagados' nos seres humanos permitiram o crescimento do cérebro e impediram a formação de espinhos no pênis, presentes em outros mamíferos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h09 - Publicado em 10 mar 2011, 17h37

A falta de dois genes pode ter levado ao crescimento do cérebro e à ausência de espinhos no pênis humano. As duas características estão ligadas a um grupo de 510 genes encontrados por um grupo de pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA). O estudo foi publicado nesta quinta-feira no periódico americano Nature.

Os pesquisadores compararam o genoma do homem com o do chimpanzé – a espécie mais aparentada com o homem – e outros mamíferos. O objetivo era descobrir a diferença genética entre os humanos e os outros animais. A equipe do biólogo David Kingsley, um dos autores do estudo, descobriu 510 genes que existem em outros animais, incluindo o chimpanzé, mas não nos seres humanos. Dos 510, apenas um dos genes encontrados é responsável pela codificação de uma proteína. O restante são os chamados genes reguladores, que ativam ou desativam os genes codificadores.

Um dos 509 genes reguladores, um deles é responsável pelo controle do crescimento de células do cérebro. Nos humanos, falta a parte do DNA que suprime o crescimento das células. Nos outros animais, a parte reguladora existe. Os cientistas acreditam que a perda desse gene nos humanos favoreceu o crescimento do cérebro.

Outro gene regulador encontrado pelos cientistas é o que controla a formação de receptores de andrógeno, um hormônio masculino responsável pelo desenvolvimento de, entre outras coisas, espinhos nos pênis de primatas, roedores e até abelhas. O genoma humano não possui o ativador molecular necessário para a formação do espinho peniano. Os pesquisadores associam a perda dos espinhos à estratégia reprodutiva da monogamia. Nas espécies com espinhos penianos, diz Kingsley, as fêmeas costumam a copular com vários machos.

Os pesquisadores ainda irão investigar os 508 genes restantes. “Acreditamos que essas 510 diferenças encontradas são importantes, mas elas não são as únicas que fizeram os humanos serem o que são hoje”.

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