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Philae encontra gelo, poeira e moléculas orgânicas em cometa

Robô enviou dados coletados nas últimas horas de duração da bateria

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h08 - Publicado em 18 nov 2014, 18h32

Nos últimos momentos de vida útil de sua bateria, o robô Philae conseguiu enviar para a Terra dados sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko coletados por seus instrumentos. Os primeiros resultados da análise desse material inédito revelaram que o módulo encontrou moléculas orgânicas no 67P, além de uma superfície composta por gelo e poeira.

De acordo com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR), responsável pela operação do Philae, um instrumento chamado Cosac, desenhado para “cheirar” a atmosfera do cometa, detectou as moléculas orgânicas. A identificação das moléculas, no entanto, ainda está em análise, informou o DLR.

No local onde o Philae pousou pela última vez, o instrumento Mupus (“Measurements of surface and subsurface properties” ou Medições de propriedades da superfície e subsuperfície, em tradução literal) registrou uma temperatura inicial de 153 graus Celsius negativos e, após meia hora, o local ficou 10 graus mais frio.

O dispositivo martelou a superfície do 67P, mas não conseguiu ir além de alguns milímetros, mesmo com a potência máxima do motor ativada. “Nós acreditamos que o robô encontrou uma superfície dura, comparável a gelo sólido”, afirma Tilman Spohn, principal pesquisador do instrumento. Parte do instrumento de medições estava nos arpões, que não dispararam após o pouso, por isso alguns dados não puderam ser coletados.

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Núcleo do cometa – Ao observar os resultados do mapeamento térmico, os pesquisadores chegaram à conclusão preliminar de que as camadas superiores do cometa têm 10 a 20 centímetros de espessura de poeira, cobrindo gelo ou uma mistura de poeira e gelo. Eles sugerem ainda que, a uma grande profundidade, o gelo se torna mais poroso, uma vez que instrumentos da Rosetta identificaram uma densidade mais baixa do núcleo.

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“O Mupus pode ser utilizado novamente se nós conseguirmos energia o suficiente. Então seria possível fazer observações diretas da camada na qual o módulo está e ver como ela evolui à medida que se aproxima do Sol”, afirma Spohn.

Rosetta – Enquanto os dados coletados pelo Philae são analisados pelos cientistas, a sonda Rosetta continua sua jornada, acompanhando o cometa em sua aproximação com o Sol, em agosto do ano que vem.

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