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Pessoas desconfiadas têm risco maior de apresentar demência, diz estudo

Pesquisa mostra que a doença é três vezes mais prevalente em pessoas com níveis mais altos de desconfiança

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h12 - Publicado em 29 Maio 2014, 17h07

Pessoas que pensam que as demais agem somente por interesses egoístas são mais propensas a desenvolver demência. Essa conclusão foi publicada nesta quarta-feira em um estudo da revista Neurology.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Late-life cynical distrust, risk of incident dementia, and mortality in a population-based cohort

Onde foi divulgada: periódico Neurology

Quem fez: Elisa Neuvonen, Minna Rusanen, Alina Solomon, Tiia Ngandu, Tiina Laatikainen, Hilkka Soininen, Miia Kivipelto e Anna-Maija Tolppanen

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Instituição: Universidade do Leste da Finlândia e outras

Resultado: O estudo mostrou que pessoas com níveis mais altos de desconfiança são três vezes mais propensas a desenvolver demência do que as pessoas com nível mais baixo

Outras pesquisas já haviam associado essa desconfiança a problemas de saúde, tais como doenças cardíacas, mas essa é a primeira vez que cientistas relacionam o comportamento e a demência. “Nossos resultados se somam às evidências de que a visão que se tem sobre a vida e a personalidade podem impactar a saúde”, afirma Anna-Maija Tolppanen, pesquisadora da Universidade do Leste da Finlândia e principal autora do estudo. “Entender como um traço de personalidade tal como a descrença está relacionado ao risco de demência pode nos dar um conhecimento importante para reduzir os riscos dessa doença.”

Os cientistas submeteram 1 449 pessoas, com idade média de 71 anos, a testes para o diagnóstico de demência e a um questionário que media o nível de desconfiança. Eles perguntaram, por exemplo, se os participantes estavam de acordo com declarações como “acho que a maioria das pessoas mente para tirar vantagens”, ou “é mais seguro não confiar em ninguém”. Com base na pontuação de cada teste, os voluntários foram classificados em três grupos com nível baixo, moderado e alto de desconfiança. Oito anos mais tarde, os pesquisadores aplicaram o teste de demência novamente, desta vez em 622 participantes. Nesse período, 46 pessoas foram diagnosticadas com demência.

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Uma vez que os pesquisadores fizeram os ajustes estatísticos por outros fatores que podem afetar o risco de demência, a exemplo de tabagismo e pressão sanguínea e colesterol elevados, as pessoas com alto nível de desconfiança eram três vezes mais propensas a manifestar a doença do que aquelas com nível baixo. Do total de 164 pessoas com pontuação alta de desconfiança, catorze desenvolveram demência, comparadas a nove entre as 212 pessoas que tiveram baixo nível.

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(Com Agência EFE)

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