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Pesquisadores descobrem possível gene ligado à anorexia

Segundo estudo, a doença pode estar relacionada a uma alteração no metabolismo do colesterol, capaz de afetar o humor e os hábitos alimentares

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h17 - Publicado em 11 set 2013, 18h30

Um grande estudo sobre as origens genéticas da anorexia nervosa mostrou que a doença pode estar relacionada a um gene que atua no processamento do colesterol, e que seria capaz de influenciar o humor e os hábitos alimentares dos pacientes.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Evidence for the role of EPHX2 gene variants in anorexia nervosa

Onde foi divulgada: periódico Molecular Psychiatry

Quem fez: A. A. Scott-Van Zeeland, C. S. Bloss, R. Tewhey, V. Bansal, A. Torkamani, O. Libiger, V. Duvvuri, D. B. Woodside, E. J. Topol, P. B. Shih, P. Magistretti, A. W. Bergen, W. Berrettini, W. Kaye, .N J. Schork e outros

Instituição: Instituto de Pesquisa Scripps, EUA, e outros

Dados de amostragem: mais de 1.200 pacientes com anorexia e quase 2.000 pessoas que não tinham a doença

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Resultado: A pesquisa mostrou que a anorexia nervosa pode estar relacionada a uma alteração no processamento do colesterol, que seria capaz de influenciar o humor e os hábitos alimentares dos pacientes.

“Essas descobertas apontam para uma direção que provavelmente ninguém considerou antes”, afirma Nicholas Schork, professor do Instituto de Pesquisa Scripps, nos Estados Unidos, que participou do estudo, publicado na semana passada no periódico Molecular Psychiatry.

A anorexia é um distúrbio psiquiátrico que afeta principalmente mulheres jovens. Pessoas nessa condição tendem a restringir sua alimentação e, mesmo se tornando extremamente magras, têm uma visão distorcida sobre elas mesmas, frequentemente acreditando estar acima do peso. Segundo Walter Kaye, coautor do estudo e professor da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a anorexia pode estar relacionada à ansiedade e depressão.

A forma como a doença se desenvolve ainda não é totalmente compreendida pelos pesquisadores. Fatores culturais, estresse, puberdade e relações sociais parecem influenciar o quadro, mas estudos com gêmeos sugerem que a genética também desempenha um papel de grande importância.

Pesquisa – No estudo atual, o maior sequenciamento já feito da anorexia, foram utilizadas informações genéticas de mais de 1.200 pacientes com anorexia e quase 2.000 pessoas que não tinham a doença, e serviram como grupo de controle.

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Primeiro, foram selecionados 150 genes que já haviam sido relacionados aos hábitos alimentares ou à anorexia em estudos anteriores. Um dos que apresentou um sinal mais forte de ligação com a doença foi o gene EPHX2, que codifica uma enzima responsável por regular o metabolismo do colesterol. Os pesquisadores então realizaram diversos testes, com métodos de análise genética distintos, e continuaram a encontrar o mesmo resultado: algumas variações desse gene ocorrem com mais frequência em pessoas com a anorexia.

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Explicações – Os pesquisadores ainda não descobriram como mudanças no metabolismo do colesterol podem levar à anorexia, mas observaram que pessoas com essa doença apresentam níveis de colesterol elevados, mesmo sendo muito magras. Com base em evidências de que o nível da substância no sangue está associado ao humor, uma hipótese desenvolvida pelos pesquisadores é que algumas pessoas com anorexia de origem genética podem experimentar melhoras no humor ocasionadas pela elevação do colesterol que ocorre quando elas não se alimentam.

“Essa hipótese seria de que em algumas pessoas com anorexia o metabolismo do colesterol é alterado, o que pode influenciar tanto seu humor quanto sua capacidade de sobreviver apesar das restrições calóricas severas”, afirma Schork.

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Qual a diferença entre anorexia nervosa e bulimia?

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A anorexia nervosa está associada a outros distúrbios psiquiátricos?

A anorexia nervosa atinge mais homens ou mulheres?

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Qual o tratamento para uma pessoa com anorexia nervosa?

É possível prevenir a anorexia nervosa?

Existe cura definitiva para a anorexia nervosa?

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*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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