Parte do cérebro responsável pela autoconsciência fica atrás dos olhos, diz estudo

Descoberta pode ajudar pessoas que tiveram traumatismos no cérebro e vítimas de derrame

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h14 - Publicado em 16 set 2010, 19h24

Ilustração sobre as conexões do cérebro humano (Getty/VEJA)

Esta parte do cérebro é fonte de diversas funções cognitivas superiores, como as da linguagem, da memória de curto prazo e do raciocínio

A região do cérebro situada logo atrás dos olhos parece ser mais desenvolvida nas pessoas que têm uma capacidade maior de introspecção (a capacidade de você pensar que está pensando), segundo estudos britânicos divulgados nesta quinta-feira. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de terem submetido um grupo de 32 pessoas saudáveis a um teste destinado a avaliar seu grau de confiança em suas respostas a determinadas questões.

Eles examinaram, em seguida, o cérebro dos participantes com a ajuda de um sistema de imagens de ressonância magnética (IRM). Os autores da pesquisa, chefiada pelo professor Geraint Rees , da University College London, concluíram que o volume de massa cinzenta na parte anterior do lóbulo frontal do cérebro é um importante indicador da capacidade de reflexão da pessoa sobre si mesma.

Esta parte do cérebro é fonte de diversas funções cognitivas superiores, como as da linguagem, da memória de curto prazo e do raciocínio. Ela é também uma das áreas do cérebro que sofreram o maior desenvolvimento durante a evolução dos primatas até os hominídeos.

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Novos tratamentos – No futuro, esta descoberta poderá ajudar os neurologistas a compreender melhor como alguns traumatismos cranianos afetam a capacidade de um indivíduo de refletir a respeito de seus próprios pensamentos e ações, segundo os autores do estudo, publicado na edição desta sexta-feira, da revista Science.

O resultado desse estudo e suas consequências poderão abrir caminho também para o desenvolvimento de tratamentos específicos para vítimas de acidente vascular cerebral (derrame) ou que tenham sofrido um forte traumatismo craniano, ficando incapazes de compreender seu estado.

(Com Agência France Presse)