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Para dormir bem, livro é melhor que tablet, aponta estudo

Luz emitida pelos aparelhos eletrônicos prejudica a produção de melatonina e a qualidade do sono

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h07 - Publicado em 23 dez 2014, 14h37

Para dormir bem, é melhor ler um livro impresso do que um e-book, afirma um estudo divulgado na segunda-feira. Os pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital de Boston, nos Estados Unidos, compararam os efeitos biológicos de ambos os tipos de leitura antes de dormir. O estudo foi publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.

Cada um dos doze voluntários leu um livro antes de dormir durante cinco dias e um livro digital em um iPad outros cinco dias. Quando liam na tela iluminada, os participantes demoravam em média 10 minutos a mais para pegar no sono e tinham 10 minutos a menos de sono REM. Amostras de sangue revelaram que eles tinham níveis mais baixos de melatonina, hormônio relacionado ao sono, representando um atraso no ciclo circadiano de uma hora e meia.

Saiba mais

CICLO CIRCADIANO

Consiste no período de 24 horas em que se baseia o funcionamento do ciclo biológico. Ele é influenciado por fatores como iluminação solar, temperatura e, acredita-se, até mesmo a maré. Esse ciclo regula desde o funcionamento orgânico do corpo, como apetite, digestão e sono, até o funcionamento de ritmos psicológicos, como o humor.

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“Aqueles que liam livros em tablets levaram mais tempo para dormir, tinham menos sono à noite, e sua produção de melatonina (que induz ao sono) se reduzia”, explica a autora do estudo e pesquisadora de Ciências do Sono do hospital de Boston Anne-Marie Chang.

Luz – Os pesquisadores acreditam que essa alteração do sono acontece devido ao tipo de luz emitido por telas eletrônicas. Todo tipo de exposição a luzes artificiais pode atrapalhar o nosso relógio biológico – que conheceu apenas a luz natural por milhares de anos -, mas a luz azul emitida por luzes fluorescentes e de LED são mais prejudiciais. Dessa forma, leitores digitais não apresentam risco, desde que a iluminação deles esteja desativada.

“Os ritmos circadianos naturais do corpo são interrompidos pela luz de ondas curtas, conhecida como luz azul, que provém desses aparelhos eletrônicos”, continuou Anne-Marie.

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O estudo mostrou ainda que os leitores que usam tablets dormem uma hora mais tarde do que os outros e estão menos despertos no dia seguinte, mesmo depois de oito horas de sono. Investigações anteriores haviam demonstrado o efeito da luz azul na secreção de melatonina, mas seus efeitos no sono ainda não haviam sido estudados, disseram os cientistas.

Eles acreditam que o uso desses aparelhos, principalmente entre crianças e adolescentes, “desempenha um papel ao perpetuar a falta de sono”, tendência que se agrava há meio século. Por esse motivo, os pesquisadores pedem investigações sobre as consequências, para a saúde, de seu uso em longo prazo.

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(Com Agência France-Presse)

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