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Os avanços médicos de 2010

Em outubro, pela primeira vez injetaram células-tronco em pacientes.

Por BBC
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h11 - Publicado em 31 dez 2010, 08h11

O ano que termina será lembrado pelo avanço das células-tronco, que finalmente passaram da pesquisa em laboratório ao tratamento para curar pacientes. Durante mais de uma década se estudaram as células embrionárias, e os cientistas haviam prometido que algum dia elas se converteriam em terapias “feitas sob medida” para quem sofre de diversas enfermidades.

As células-tronco, assegurava a ciência, poderiam converter-se em tecidos capazes de substituir órgãos comprometidos ou envelhecidos. Finalmente, em outubro, a promessa foi cumprida e pela primeira vez injetaram células-tronco em pacientes.

A BBC criou um resumo dos principais avanços médicos de 2010.

Transplantes de células-tronco – Em outubro, pesquisadores americanos levaram a cabo o primeiro ensaio clínico com células-tronco embrionárias para tratar pacientes com lesões na medula.

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O objetivo do estudo, dirigido pela companhia de biotecnologia Geron, foi provar a segurança da terapia, mas se espera que eventualmente as células sejam capazes de regenerar os nervos danificados na medula.

Semanas depois, cientistas da Escócia injetaram células-tronco no cérebro de um paciente que havia sofrido um derrame. Também foi um ensaio pioneiro para comprovar se as áreas danificadas no cérebro podem se regenerar.

A informação é que o paciente estava evoluindo bem, e os pesquisadores planejam para o próximo ano oferecer a terapia para outras doze pessoas.

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Terapias personalizadas contra o câncer – Provas genéticas permitem desenvolver tratamentos individualizados para pacientes com câncer. Outro avanço importante de 2010 foi a da pesquisa da chamada “medicina personalizada”, que utiliza testes genéticos para encontrar tratamentos individuais.

Tais exames detectam as mutações genéticas de cada tumor e dessa forma se pode oferecer ao doente um tratamento “sob medida” para atacar o tumor de forma mais efetiva. No Reino Unido, em 2010 começou a funcionar um programa piloto para analisar tumores de 6 mil pacientes e, caso tenha sucesso, os testes poderiam estar disponíveis ao público dentro de cinco anos.

O objetivo a longo prazo, afirmam os especialistas, é “levar os benefícios da revolução genética a todos os pacientes com câncer”.

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“O sequenciamento do genoma, há dez anos, levou a uma explosão do nosso entendimento sobre câncer”, afirma Harpal Kumar, da organização Cancer Research UK. “Agora estamos em uma época de ouro para utilizar essa compreensão para fazer a diferença nos pacientes.”

Também na pesquisa do câncer, mas com um medicamento mais humilde, se descobriu que a aspirina poderia reduzir a taxa de mortalidade de muitas variantes comuns da doença se consumida durante vários anos em doses baixas.

Avanços em diabetes – No campo do diabetes, cientistas britânicos demonstraram no começo do ano que um novo dispositivo que atua como pâncreas artificial pode ser usado para regular os níveis de açúcar no sangue de crianças com diabetes tipo 1.

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O aparato consiste na combinação de um sensor de tempo real que mede os níveis de glicose do paciente e uma bomba que libera insulina. O ensaio clínico descobriu que o dispositivo pode melhorar o controle da glicemia durante a noite.

O avanço foi qualificado pelos especialistas como um passo importante no controle da enfermidade. Também no campo do diabetes, em 2010 se continuou pesquisando testes genéticos que permitirão remédios mais personalizados para cada paciente.

Doenças cardiovasculares – O ano trouxe descobertas importantes no controle da hipertensão e outras doenças cardiovasculares, uma das principais causas de morte em muitos países.

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Dois grandes estudos descobriram que, com o aumento da dose de estatinas – remédios para reduzir o colesterol tomados por milhões de pessoas no mundo – se poderiam evitar derrames cerebrais.

Também se descobriu que um medicamento de 2 dólares por dia chamado Ivabradine, receitado para anginas, tem o potencial de salvar a vida de muitos pacientes que sofrem de insuficiência cardíaca.

Os testes clínicos, nos quais participaram mais de 6.500 pessoas em 37 países, demonstraram que o medicamento pode reduzir o risco de morte por insuficiência cardíaca de 26%.

No entanto, há muito por fazer para reduzir as taxas de mortalidade para essas doenças, que continuam crescendo à medida que as pessoas vivem mais tempo.

Demência – O mal de Alzheimer afeta mais de 20 milhões de pessoas no mundo. Em 2010, foram levadas a cabo importantes avanços na compreensão do mal de Alzheimer, a forma mais comum de demência, uma doença que segundo os especialistas está se convertendo em uma “bomba-relógio”.

Cientistas britânicos descobriram uma forma de detectar o transtorno anos antes que apareçam os sintomas. Trata-se de um teste para detectar no líquido cefalorraquídeo os níveis de uma proteína, chamada beta-amilóide, que, acredita-se, joga um papel chave na enfermidade.

O paciente é submetido a um escaner cerebral para detectar mudanças no cérebro que poderiam indicar os primeiros indícios da doença. No entanto, não se encontraram tratamentos de prevenção ou que reduzam a progressão do Alzheimer.

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