ONG registra queda no desmatamento na Amazônia
Segundo levantamento, perda florestal foi de 846 quilômetros quadrados entre agosto de 2013 a maio de 2014, uma redução de 49% em relação ao mesmo período de 2012 e 2013
Depois da alta do ano passado, o desmatamento na Amazônia parece estar regredindo. De acordo com um levantamento feito pelo Imazon, ONG de pesquisas com base em Belém, de agosto de 2013 a maio deste ano, a perda florestal foi de 846 quilômetros quadrados, uma redução de 49% em relação ao período de agosto de 2012 a maio de 2013.
O número confirma a tendência apontada pelo monitoramento oficial, feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Dados do sistema Deter, que faz alertas de desmatamento em tempo real, já tinham mostrado uma queda de 20% no acumulado de agosto de 2013 a abril deste ano, na comparação com o período de agosto de 2012 a abril de 2013.
A perda de vegetação é monitorada em um período de doze meses, de agosto de um ano a julho do seguinte. O valor anual oficial é fornecido por outro sistema do Inpe, o Prodes, mas o Deter serve como um termômetro do que está acontecendo. O levantamento do Imazon, realizado com uma metodologia diferente, costuma funcionar como uma contraprova. De acordo com Adalberto Veríssimo, do Imazon, a coincidência nas avaliações confirma que o desmatamento está em queda, depois de subir 28% no ano anterior. A taxa de 2012/2013 interrompeu uma sequência de cinco anos de queda, elevando o desmatamento anual para 5.800 km2.
Leia também:
Brasil reduz emissões de carbono na atmosfera
Painel sobre clima alivia previsões para Amazônia
Ele diz temer que, se não houver outras medidas de desenvolvimento sustentável e de redução de pressões sociais, o desmatamento ficará flutuando em torno dessa faixa, em vez de seguir caindo. O governo tem uma meta de reduzir o desmatamento para cerca de 3.300 quilômetros até 2020. “Há de se reconhecer que o Ibama está mais eficiente, mas ainda não estamos em um patamar confortável.”
(Com Estadão Conteúdo)