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Ondas de calor podem diminuir cultivo de alimentos no futuro, diz estudo

Algumas das áreas que podem ser afetadas são cruciais para a produção agrícola, como o cinturão do milho nos Estados Unidos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h13 - Publicado em 20 mar 2014, 10h09

Ondas de calor podem desestabilizar o abastecimento de comida no mundo, por afetar as plantações de milho, trigo e soja. Essa foi a constatação de um estudo publicado nesta quinta-feira no periódico Environmental Research Letters. O trabalho é o primeiro a estimar o impacto do aumento de temperatura e da emissão de dióxido de carbono nessas culturas.

Pesquisas recentes sobre o assunto já mostraram, por exemplo, que mudanças climáticas podem reduzir a produção de milho em escala global, mas nenhuma havia calculado os efeitos das ondar de calor, que, segundo o novo estudo, podem dobrar as perdas na colheita. “Temperaturas extremas podem afetar todas as fases do plantio, mas principalmente o período de floração da planta”, diz a coordenadora do estudo, Delphine Deryng, da Universidade de East Anglia, na Inglaterra. “Nesse estágio, temperaturas extremas podem levar à esterilidade do pólen e à redução da produção de sementes, diminuindo a produtividade da plantação.”

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No novo estudo, os pesquisadores simularam, com ajuda de um software Pegasus, 72 mudanças climáticas que poderiam ocorrer no século XXI e observaram qual seria a produtividade das plantações em cada uma das condições. A pesquisa também identificou as áreas em que as ondas de calor seriam esperadas e que causariam maiores danos à colheita. Algumas das mais afetadas são cruciais para a produção agrícola, como o cinturão do milho nos Estados Unidos. “Políticas para controlar as mudanças climáticas poderiam reduzir os riscos de ocorrer calor extremo que ameaça a safra mundial”, diz Delphine.

Para avaliar os resultados, os cientistas descartaram o efeito da fertilização por gás carbônico, que consiste em aumentar de 40 a 50% os níveis do gás em áreas delimitadas de plantio. Isso pode ajudar as plantas a gerenciar melhor o uso da água e desenvolver maior tolerância aos períodos de seca. O processo, estimam os pesquisadores, deverá ser bastante utilizado no futuro, e reduzirá as perdas no caso da soja e do trigo.

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