Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O que dizem os 9 mil micróbios da poeira de casa

De acordo com estudo, os tipos de micro-organismos indicam se quem mora na residência é homem, mulher e que animais vivem ali

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h02 - Publicado em 27 ago 2015, 19h51

Mesmo quem mora sozinho está acompanhado por cerca de 9 000 tipos de micro-organismos diferentes. Fungos, bactérias e milhares de outros micróbios encontrados na poeira doméstica revelam se os moradores da residência são homens, mulheres e se eles têm gatos ou cachorros. Um estudo publicado nesta quarta-feira (26) no periódico britânico Proceedings of the Royal Society B mapeou o conteúdo das partículas encontradas em 1 200 lares americanos e descobriu que a poeira de casa é capaz de contar a história de seus habitantes.

Leia também:

Exposição a sujeira, germes e pelos pode proteger bebês contra alergia e asma

44% dos brasileiros sofrem com problemas respiratórios

O estudo faz parte do projeto A Vida Selvagem de Nossas Casas (em inglês, The Wild Life of Our Homes), em que voluntários enviam amostras de sujeira de suas residências para serem analisadas. A poeira foi recolhida dos topos das molduras de portas – para os cientistas esse é o lugar adequado para a instalação de comunidades bacterianas devido à falta de limpeza da região – com o objetivo de compreender a influência dos micróbios na saúde dos habitantes de um lar.

Continua após a publicidade

Foram encontrados mais de 70 000 tipos de fungos e 125 000 tipos de bactérias durante a investigação. Em cada casa, são cerca de 7 000 tipos de bactérias e 2 000 tipos de fungos que revelam se os lares são compostos por homens ou mulheres, já que cada sexo transporta diferentes tipos de micróbios. A mistura de micro-organismos também varia de acordo com o clima, geografia, população de plantas e animais que ocupam as casas.

Homens e mulheres – Nos lares com mais ocupantes do sexo masculino, a análise encontrou quantidades maiores das bactérias Corynebacterium, Dermabacter e Roseburia. Essa última existe em fezes humanas e, de acordo com os pesquisadores, pode estar relacionada às práticas de higiene masculinas.

Já as casas com mais habitantes do sexo feminino eram impregnadas com bactérias do tipo Lactobacillus, que costumam fazer parte da flora vaginal feminina. Lares de homens e mulheres apresentam as bactérias Candida e Trichosporon, encontradas na pele humana.

Segundo os cientistas, há mais micro-organismos dentro das residências que fora delas, pois aos tipos que habitam o interior se somam os micróbios trazidos pelo vento, roupas e sapatos.

Continua após a publicidade

Animais de estimação – Além de identificar o sexo da maioria dos habitantes de um lar, os cientistas descobriram ainda que a comunidade microbiana de uma residência varia com os animais que vivem no local.

Segundo a análise, ter um cachorro implica em mais de 56 tipos diferentes de bactérias. Já possuir um gato alcança níveis de 24 tipos de comunidades bacterianas – os gatos são mais “limpos”. A maioria dessas duas quantidades era encontrada na saliva ou nas fezes dos bichos. A partir desses dados, o cientistas conseguiram prever com uma precisão de 92%, se um cão vivia no lar e com 83% de certeza se ele seria um gato.

Para os cientistas, esse estudo é uma forma de compreender quais micróbios podem agravar problemas respiratórios ou proporcionar benefícios para a saúde. A maior parte dos micro-organismos não faz mal algum, mas há aqueles ligados a alergias e a algumas doenças que podem ter grande influência no cotidiano dos habitantes.

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.