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O boto-cor-de-rosa é caçado para virar isca de peixe

A matança é um crime, tratado até hoje com leniência, que a partir de 2015 passará a ter controle rigoroso

Por Jennifer Ann Thomas, de Tefé (AM)
Atualizado em 9 Maio 2016, 14h46 - Publicado em 3 jan 2015, 00h00

A matança ocorre à noite. Os pescadores entram no Rio Amazonas, numa região conhecida como calha do Alto e Médio Solimões, no noroeste do estado, à procura de uma presa que, se a lei fosse seguida, não deveria ser alvo de arpões nem de redes: o boto-cor-de-rosa.

A espécie, endêmica da região, é um dos símbolos da fauna brasileira, uma das mais diversas do planeta. O golfinho é um mamífero inofensivo a humanos. Além de subir à superfície a cada cinco minutos, é facilmente avistado de fora da água, em virtude de sua cor característica. Fascina os turistas, principalmente estrangeiros que vêm ao Brasil para admirar a natureza bela e crua, tida como intocada.

Por séculos, a convivência do homem com os botos foi equilibrada. Sua carne, repleta de fibras musculares, é insossa. Por isso, não o caçamos. Era o que acontecia até os anos 2000, quando estudiosos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia notaram que os botos estavam sumindo em ritmo alarmante, com redução de 7% ao ano na população. O motivo: os pescadores descobriram que o animal é uma eficiente isca para capturar o piracatinga, peixe carniceiro vendido em mercados colombianos e do norte do Brasil.

A matança noturna ignora a lei que protege a espécie, e em teoria deveria punir caçadores com prisão de seis meses a cinco anos. É um cenário que pode mudar a partir de 2015, já que a fiscalização finalmente aprimorou um modo de flagrar os criminosos, utilizando-se de recursos científicos na descoberta da cadeia bandida.

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