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Neutrinos podem ter viajado ainda mais rápido do que a luz

Cientistas apontam duas possíveis falhas na medição das partículas. Uma delas aumentaria ainda mais a velocidade dos neutrinos - a outra a diminuiria. Novos testes serão feitos em maio

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h45 - Publicado em 23 fev 2012, 14h24

Cientistas vão realizar novos testes em maio para verificar dois possíveis erros no experimento que descreveu neutrinos viajando mais rápido do que a luz. A correção de um deles pode significar que os neutrinos viajam ainda mais rápido que a velocidade previamente anunciada em 2011. A correção do segundo vai na direção oposta: significa que a partícula viaja a velocidades menores. A informação foi divulgada pelo CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), em Genebra, Suíça.

De acordo com o comunicado, a equipe do OPERA identificou dois efeitos que possivelmente influenciaram a medição do tempo de viagem dos neutrinos entre os laboratórios do CERN, na Suíça, até as instalações do experimento OPERA, em Gran Sasso, na Itália. Se confirmados, um dos efeitos aumentaria o tempo de viagem dos neutrinos e o outro o diminuiria.

O primeiro efeito está relacionado ao oscilador usado para registrar os horários de sincronização do GPS. De acordo com o CERN, este efeito pode ter gravado uma viagem com um tempo maior do que se esperava. Corrigi-lo faria com que o tempo total de viagem dos neutrinos seja menor, como se eles tivessem sido ainda mais rápidos que a luz.

O segundo efeito tem a ver com o cabo de fibra ótica que traz o sinal externo do GPS para o relógio mestre do OPERA. Este cabo pode não ter funcionado corretamente durante o experimento. Se isso tiver acontecido, “é possível que o tempo de viagem dos neutrinos tenha sido subestimado”, diz o comunicado. Isso quer dizer que se o erro for corrigido, os cálculos mostrariam um tempo maior de viagem dos neutrinos entre a Suíça e a Itália.

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A revista americana Science já havia adiantado que o experimento teria produzido resultados equivocados por causa de um “mau contato” no cabo de fibra ótica do OPERA. O CERN agendou para maio o teste para verificar as duas hipóteses.

Segundo o físico Rogério Rosenfeld, professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e pesquisador no CERN, “os dois possíveis erros detectados vão em direções opostas. No entanto, ainda não sabemos a grandeza de cada um deles.” Por enquanto, a velocidade real do neutrino permanece indefinida.

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