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Nasa confirma que Voyager 1 deixou o Sistema Solar

Novo estudo feito pela agência espacial americana concluiu que a sonda alcançou o espaço interestelar em agosto de 2012

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h17 - Publicado em 12 set 2013, 19h08

A Nasa confirmou nesta quinta-feira que a sonda Voyager 1 deixou o Sistema Solar. Segundo a agência espacial americana, a sonda de 36 anos está a cerca de 19 bilhões de quilômetros do Sol, o que a torna o primeiro objeto feito pelo homem a alcançar o espaço interestrelar.

Novos dados obtidos pelos pesquisadores indicam que a sonda está há um ano viajando pelo plasma (gás ionizado presente no espaço entre as estrelas), e teria atingido uma região de transição logo após a heliosfera – uma bolha magnética dominada por partículas solares que representa os limites para o espaço interestelar.

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Evento inesperado – A Voyager detectou pela primeira vez a pressão elevada do espaço interestelar na heliosfera em 2004. Desde então, os cientistas procuram evidências de que ela tenha, de fato, deixado o Sistema Solar.

Como a sonda não possuiu um sensor de plasma, os pesquisadores precisavam de outro meio para analisar o plasma em que ela se encontrava. E, assim, determinar sua localização. Até que uma ejeção de massa coronal – grande erupção de gás a alta temperatura, proveniente do Sol -, ocorrida em março de 2012, forneceu as informações que eles precisavam.

Quando esse evento inesperado chegou onde estava a Voyager, treze meses depois, em abril deste ano, o plasma ao seu redor começou a vibrar, e a sonda detectou esse movimento. A partir da frequência dessas oscilações, foi possível determinar a densidade do plasma no local. Assim, os pesquisadores descobriram que a sonda estava imersa em um plasma quarenta vezes mais denso do que o encontrado na camada exterior da heliosfera.

A equipe decidiu então revisar dados anteriores, e encontrou uma oscilação do mesmo tipo, mas mais fraca, em novembro de 2012. A partir disso, eles concluíram que a Voyager 1 entrou no espaço interestelar há mais de um ano, em 25 de agosto de 2012.

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“Nós literalmente pulamos na cadeira quando vimos essas oscilações nos nossos dados. Elas nos mostraram que a nossa sonda estava em uma região completamente nova, comparável ao que era esperado no espaço interestelar, e totalmente diferente da heliosfera. Claramente nós tínhamos saído da heliopausa, uma barreira hipotética entre o plasma solar e o plasma interestelar”, conta Don Gurnett, especialista da Nasa.

Os pesquisadores esperam que a Voyager continue enviando dados pelo menos até 2020. “Agora que temos novos dados, acreditamos que este é o salto histórico da humanidade para o espaço interestrelar. A equipe da Voyager precisou de tempo para analisar essas observações e dar um sentido a elas, mas agora podemos responder à pergunta que todo mundo têm nos feito: ‘já chegamos lá?’. ‘Sim, chegamos'”, afirma Ed Stone, integrante da equipe.

Viajantes espaciais – A Voyager 1 é, na verdade, a segunda sonda lançada com a missão de explorar o espaço além do Sistema Solar. A Voyager 2 foi lançada no dia 20 de agosto de 1977, enquanto a “primeira” foi lançada no dia 5 de setembro do mesmo ano. As duas sondas passaram por Júpiter e Saturno, mas apenas a Voyager 2 chegou a Urano e Netuno.

Os controladores da missão ainda recebem diariamente dados das duas sondas, mas o sinal emitido por elas atualmente é muito fraco, com certa de 23 watts – a potência de uma lâmpada de geladeira. Quando chega à Terra, ele corresponde a uma fração ínfima de um watt. Na velocidade da luz, o sinal da Voyager 1 leva cerca de 17 horas para chegar à Terra.

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