Nasa adia lançamento de foguete
Problema técnico foi detectado em transmissor, missão para lançar sondas será retomada no sábado
A Agência Espacial Americana (Nasa) adiou nesta sexta-feira o lançamento do foguete Atlas V. Sua missão era colocar em órbita duas sondas espaciais.
O lançamento seria em Cabo Canaveral, na Flórida, e estava programado para as 5h07 (horário de Brasília). No entanto, seis minutos antes do lançamento, técnicos detectaram um problema em um dos aparelhos responsáveis por informar a localização do foguete.
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A Nasa havia previsto uma janela espacial (período de tempo em que todas as condições são favoráveis para o lançamento) de no máximo 20 minutos. Como os técnicos não determinaram se o problema estava no foguete ou no centro de controle, a agência preferiu adiar a missão até amanhã. Segundo a Nasa, a tempestade tropical “Isaac'”, que está seguindo em direção à Flórida, não deve interferir na nova tentativa.
Cinturão radioativo – As sondas foram projetadas para auxiliar estudos sobre a influência do Sol e do Cinturão de Van Allen (os anéis de radiação que cercam o planeta) sobre a Terra. A missão é denominada RBSP, sigla em inglês para Radiation Probes Belt Storm, ou Sondas da Radiação do Anel de Tempestade.
De acordo com a Nasa, os instrumentos das sondas devem realizar medições que vão auxiliar os cientistas a compreender a origem das partículas eletrificadas do cinturão e seus mecanismos, que dotam essas partículas de grande velocidade e energia.
O cinturão é composto por duas faixas – uma localizada entre 2.200 e 5.000 quilômetros e outra, entre 1.3000 e 55.000 quilômetros da superfície da Terra.
Um dos institutos que vai adquirir os dados coletados pelas sondas é o brasileiro Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o instituto, depois que as sondas forem colocadas em órbita, elas devem passar por um período de calibração dos sensores para depois transmitir os dados para várias estações terrestres, entre elas a do Inpe em Alcântara (MA).
Os dados, de acordo com o Inpe, permitirão um melhor entendimento da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), um fenômeno da ionosfera que se localiza acima da região Sudeste e é capaz de provocar danos a satélites. Os dados da RBSP permitirão um monitoramento mais completo da AMAS e do fenômeno de precipitação de partículas elétricas que atinge a região.