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Estudo atribui a Napoleão origem europeia, não árabe

Testes genéticos põem fim à teoria de que o imperador francês Napoleão Bonaparte tinha ascendência árabe

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h48 - Publicado em 16 jan 2012, 17h56

Novos exames de DNA acabam de derrubar a teoria de que o ex-imperador francês Napoleão Bonaparte (1769-1821) tinha ascendência árabe. Um estudo genético publicado na última edição do Journal of Molecular Biology Research atribui a Napoleão origem caucasiana, ou seja, da parte oriental da Europa. A pesquisa contradiz indicações históricas de que os ancestrais de Napoleão teriam chegado à Europa durante a expansão do Islã.

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NAPOLEÃO BONAPARTE

Em 1799, um oficial de artilharia do exército francês de apenas 30 anos de idade liderou um golpe de estado e se autoproclamou Primeiro Cônsul. Era Napoleão Bonaparte, que cinco anos mais tarde seria proclamado imperador. A chegada de Napoleão ao poder é o marco histórico que encerra a Revolução Francesa, detonada dez anos antes.

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Napoleão governou a França até abril de 1814 (voltou a ocupar a posição durante alguns meses em 1815). Em seu governo, a França envolveu-se em conflitos com as grandes potências da Europa, as Guerras Napoleônicas. Napoleão conquistou uma hegemonia sem precedentes no Velho Continente. Em 1812, porém, sofreu um grave revés na Campanha da Rússia e viu seu império começar a ruir. A batalha final aconteceu em Waterloo, em junho de 1815, quando o exército de Napoleão foi derrotado pelos britânicos, que o exilaram na ilha de Santa Helena, no Oceano Atlântico, onde morreria seis anos depois.

Napoleão nasceu na Córsega, uma ilha no litoral da Itália que é controlada pela França. Seus pais eram descendentes da nobreza italiana, e sua família tinha vínculos de sangue com um mercenário do século XV conhecido como ‘Il Moro di Sarzana’, ou ‘O Mouro de Sarzana’, natural de uma cidade mediterrânea frequentemente atacada pelos árabes.

Os exames de DNA foram feitos pelo geneticista francês Gérard Lucotte, que teve acesso a pelos das famosas costeletas de Napoleão. O material estava em um relicário que pertenceu ao fundador do Museu do Louvre e amigo pessoal do ex-imperador, Dominique Vivant Denon. Lucotte conseguiu isolar o perfil do cromossomo Y de Napoleão segundo o jornal francês Le Figaro.

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O cientista comparou o DNA dos pelos do ex-imperador com o material genético de Charles Napoleão, descendente de Jerônimo Bonaparte, irmão de Napoleão. As marcas do cromossomo Y nos dois são exatamente iguais. “Conseguimos determinar com precisão: Napoleão não era árabe, mas caucasiano”, afirmou Lucotte.

Pesquisas genéticas também podem ajudar a determinar a causa de sua morte. A teoria mais aceita era a de que ele havia sido envenenado com arsênico enquanto cumpria um pena imposta pelos britânicos na ilha de Santa Helena, localizada no Oceano Atlântico. Testes modernos, porém, não encontraram sinais da substância em restos mortais de Napoleão, como fios de barba. Outra versão, atestada por uma autópsia, aponta para um câncer de estômago. Por trás das pesquisas científicas, sugeriu o Le Figaro, esconde-se uma nova tentativa de abrir o túmulo de Napoleão, no Hotel des Invalides, em Paris, e esclarecer se realmente estão ali os restos mortais do imperador, se são de outra pessoa ou se o local está vazio.

(Com Agência EFE)

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