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Na Rio+20, o ônibus verde brasileiro

No Parque dos Atletas, Coppe/UFRJ apresenta versão de ônibus a hidrogênio que, além de não poluir, consome menos energia que modelos europeus

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2016, 14h48 - Publicado em 15 jun 2012, 11h05

Em tempos de Rio+20, empresas e instituições se esforçam para mostrar ao mundo sua versão “verde”. O momento apropriado para a Coppe/UFRJ lançar a segunda versão de um ônibus movido a hidrogênio – uma versão radicalmente diferente dos veículos movidos a diesel ou outros tipos de motores a combustão. O instituto é o único centro de ensino e pesquisa com um estande montado dentro do Parque dos Atletas, um dos locais principais da conferência. O braço principal da engenharia da UFRJ, a Coppe, desenvolveu a tecnologia em parceria com a Tracel, uma empresa privada criada exclusivamente para esse projeto.

Veículos a hidrogênio são testados há pelo menos uma década na Europa. Em 2006, começaram a ser testados 30 coletivos em diversas cidades do continente. Em 2010, uma nova versão foi lançada. Segundo a Coppe, a novidade brasileira é a redução do uso do hidrogênio. Enquanto na Europa se gasta 14 quilos do gás para 100 quilômetros rodados, no Brasil são cinco quilos.

“O ônibus é viável hoje. Não se trata mais de uma questão tecnológica, mas comercial e financeira. Não há mais barreira tecnológica para usar o ônibus a hidrogênio”, afirmou o coordenador do laboratório de Hidrogênio da Coppe, Paulo Emílio Valadão de Miranda. Esses coletivos têm tomadas para recarregar os dispositivos dos passageiros e internet sem fio.

Segundo Miranda, os governos estadual e federal são simpáticos ao projeto. “Mas os caminhos para transformar simpatia em algo efetivo às vezes não são os muito simples”, afirmou Miranda, para quem uma possível solução para viabilizar o ônibus economicamente passaria por um incentivo governamental. Isso se daria através de uma legislação que exigisse uma frota de veículos não poluentes.

Segundo o diretor executivo da Tracel, José Lavaquial, há interessados na compra da tecnologia. Os coletivos que já circulam pelo país podem ser adaptados. Não é necessário que se compre um novo ônibus para que ele seja movido a hidrogênio. Caso um empresário tenha interesse em renovar a frota, o valor a ser desembolsado pelo ônibus será caro. No Brasil, ele custa um milhão de reais. Se comparado a Europa, o valor parece menos pesado. No continente europeu, custa um milhão de dólares.

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O problema para tornar a frota brasileira sustentável esbarra nas estações de abastecimento de hidrogênio. No Rio, por exemplo, não há onde abastecer. No mundo todo, existem 350 desses postos, o que demonstra uma necessidade de se investir mais em transportes não poluentes. A existência de um ônibus a hidrogênio por si só demonstra um avanço no uso de energia limpa. A expectativa é de que a vitrine da Rio+20 impulsione a viabilidade.

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