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Terremotos deram origem a mais de 80% dos depósitos de ouro do planeta

Rápida despressurização em falhas geológicas provoca o acúmulo do metal

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h22 - Publicado em 18 mar 2013, 18h57

Mais de 80% dos depósitos de ouro do mundo se formaram a partir de terremotos. Um estudo desenvolvido por pesquisadores australianos mostra que o precioso metal se forma em virtude da despressurização rápida de fluidos ricos em minerais presentes no interior da crosta terrestre, provocada pelos abalos sísmicos. A pesquisa foi publicada neste domingo, na revista Nature Geoscience.

Conheça a pesquisa

TÍTULO ORIGINAL: Flash vaporization during earthquakes evidenced by gold deposits

ONDE FOI DIVULGADA: revista Nature Geoscience

QUEM FEZ: Dion K. Weatherley e Richard W. Henley

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INSTITUIÇÃO: Universidade de Queensland, Austrália

RESULTADO: A ampla despressurização causada por terremotos faz com que fluidos ricos em minerais ‘presos’ nas cavidades de falhas geológicas, no interior da crosta terrestre, vaporizem-se instantaneamente, formando um vapor de baixa densidade. Dessa forma, eles deixam as partículas minerais para trás, que se acumulam ao longo dos anos e dos diversos abalos sísmicos.

Em profundidades que variam de 5 a 30 quilômetros, fluidos com diversas substâncias dissolvidas, como ouro e minerais, presentes nas cavidades de falhas geológicas da crosta terrestre são submetidos a temperatura e pressão elevadas. Terremotos nessas regiões podem causar uma queda de pressão tão grande que faz com que esses líquidos se vaporizem instantaneamente.

Queda de pressão – De acordo com os pesquisadores, a pressão pode cair de 3.000 vezes a pressão atmosférica para uma pressão quase idêntica à da superfície da Terra, o que faz com que o fluido passe por um processo de “vaporização instantânea”. A despressurização faz com que os fluidos sofram uma expansão de até 130.000 vezes seu tamanho, formando um vapor de baixa densidade.

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Quando isso ocorre, os resíduos sólidos presentes no fluido, como o ouro, ficam para trás, acumulando-se ao longo do tempo. Mais tarde, a entrada de novos fluidos nas cavidades pode dissolver alguns dos minerais deixados para trás, mas aqueles menos solúveis, como o ouro, vão se acumulando cada vez mais à medida que novos terremotos ocorrem.

Os autores do estudo estimam que falhas geológicas ativas podem produzir 100 toneladas de ouro em menos de 100.000 anos.

A ideia com que depósitos de ouro se formam a partir de fluidos ricos em minerais em falhas nas rochas abaixo do solo já era conhecida dos geólogos, mas a maneira como o ouro se acumula não estava clara, pois não se supunha que as mudanças de pressão desencadeadas por terremotos fossem tão grandes quanto as estimadas no estudo.

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