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Imagens mostram o cérebro de quem perde a paciência

Pesquisa revela que estoque de autocontrole é limitado – e custa a ser reposto

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h33 - Publicado em 19 jun 2012, 18h56

Um estudo conduzido na Universidade de Iowa mostrou o que acontece no cérebro de uma pessoa quando sua paciência se esgota. A pesquisa revela que existe um estoque limitado de autocontrole, que vai diminuindo conforme o uso. Quanto mais o estoque é exigido, maior a probabilidade de uma pessoa perder o controle.

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CÓRTEX CINGULADO ANTERIOR

Parte frontal do córtex cingulado, região que é responsável por regular tanto funções autônomas, como a pressão sanguínea, quanto cognitivas, como a emoção e o aprendizado. É ativo na regulação da motivação e detecção de conflitos.

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CÓRTEX PRÉ-FRONTAL DORSOLATERAL

Região cerebral envolvida em decisões morais e de risco. Faz parte do córtex pré-frontal, que é responsável pela tomada de decisões, moderação do comportamento social e pela coordenação entre as emoções internas e as ações.

O estudo, liderado pelo neurocientista William Hedgcock, é o primeiro a usar imagens de ressonância magnética para mostrar a atividade cerebral de um voluntário enquanto ele realiza tarefas que necessitam de autocontrole. As imagens obtidas mostram que a atividade na região conhecida como córtex cingulado anterior permanece estável durante toda a tarefa. Essa área é responsável por reconhecer as situações onde o autocontrole é necessário.

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No entanto, a atividade do córtex pré-frontal dorsolateral, responsável pelo manejo do autocontrole e pela escolha das melhores respostas para as situações estressantes, não permanece igual. Ele é ativado com menor intensidade depois de cada esforço, sinalizando que a paciência vai se esgotando.

O cientista interpretou esses resultados como uma prova de que as pessoas não têm problemas em reconhecer situações estressantes que exigem autocontrole. No entanto, fica cada vez mais difícil manter a cabeça fria e tomar as melhores decisões quando o estresse é contínuo ou recorrente.

O estudo também questiona a ideia de o autocontrole funciona como um músculo, que pode ser exercitado. Ao contrário, de acordo com a metáfora usada pelos pesquisadores, ele funcionaria como uma piscina que se esvazia conforme o uso – e leva tempo para enchê-la novamente.

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Segundo o pesquisador, o estudo é importante por ajudar a elaborar uma melhor definição do que é autocontrole e explicar por que as pessoas tomam decisões que não são boas para elas mesmas. Uma possível implicação da pesquisa é no desenvolvimento de novas terapias para tratar o vício em drogas, comida e compras. Além disso, pode ajudar também a identificar pessoas que tenham problemas de autocontrole decorrentes de problemas no nascimento.

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