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Hubble observa maior supernova conhecida pelo homem

Observações feitas pelo telescópio da Nasa dão pistas sobre a fonte dos compostos que formam os planetas, animais e plantas

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h14 - Publicado em 2 set 2010, 13h16

Como a supernova está localizada a 163.000 anoz-luz, a explosão observada pelo telescópio Hubble ocorreu no ano 161.000 a.C

Observações feitas pelo telescópio Hubble, da Nasa, mostraram as “vísceras” de estrelas sendo lançadas no espaço. O fenômeno é parte da maior explosão galáctica conhecida pelo homem, a Supernova 1987A. Descoberta em 1987, a 1987A é a estrela mais próxima da Terra a explodir. Ela está localizada na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que orbita a Via Láctea. A equipe de pesquisadores da Universidade de Colorado (EUA), detectou emissões brilhantes da explosão dando suporte a modelos teóricos sobre como as supernovas interagem com o ambiente galáctico. “As novas observações permitem medir com precisão a velocidade e a composição das ‘vísceras’ da estrela, mostrando como ocorre o depósito de energia e elementos pesados na galáxia”, disse o astrônomo Kevin France, chefe da pesquisa, publicada nesta quinta-feira na revista Science. “É possível saber quais elementos estão sendo reciclados na Grande Nuvem de Magalhães e como o ambiente é alterado em escala humana de tempo”, disse. Fonte da vida – Além de lançar grandes quantidades de hidrogênio, a 1987A já ejetou hélio, oxigênio, nitrogênio e elementos pesados mais raros, como sufúrio, silício e ferro. As supernovas são responsáveis por grande parte dos elementos biologicamente importantes, incluindo oxigênio, carbono e ferro encontrados em plantas e animais na Terra, disse France. É possível que o ferro encontrado no sangue dos humanos, por exemplo, tenha vindo de supernovas. A equipe também mapeou a interação da supernova com o famoso “Colar de Pérolas”, um anel brilhante que possui um ano-luz de diâmetro envolvendo a 1987A. Os pesquisadores acreditam que o anel de gás surgiu 20.000 anos antes da explosão que deu início à supernova. Cerca de 40 pontos luminosos por toda a circunferência do colar são abastecidos de energia pelas ondas de choque vindas da explosão da estrela. Acredita-se que os objetos luminosos irão crescer e fundir até formar um círculo brilhante e contínuo. Como a supernova está localizada a 163.000 anoz-luz, a explosão observada pelo telescópio Hubble ocorreu no ano 161.000 a.C, explicou France. Um ano-luz corresponde a 9,6 trilhões de quilômetros. “Observar uma supernova nos ‘fundos’ da nossa galáxia e poder assistir sua evolução e interação com o ambiente em escala humana é algo inédito”, afirmou France. “As estrelas massivas, fonte de explosões como a Supernova 1987A, são como astros do rock – têm uma vida rápida, intensa e morrem jovens”, brincou France. Os pesquisadores esperam que os efeitos da supernova na galáxia que a abriga possa dar algum entendimento sobre como a energia depositada pela explosão de estrelas modifica a dinâmica e a química do ambiente. “Poderemos utilizar esses dados para entender como as supernovas influenciam a evolução das galáxias”, concluiu France.

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