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Grã-Bretanha planeja primeira fertilização com DNA de três pessoas

Técnica pode ajudar a combater doenças incuráveis

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h13 - Publicado em 27 fev 2014, 22h18

O governo britânico publicou nesta quinta-feira uma proposta detalhando normas de uma nova técnica que combina o DNA de três pessoas (um homem e duas mulheres) para criar um embrião. O método, que também está sendo debatido nesta semana nos Estados Unidos, tem como objetivo combater doenças hereditárias incuráveis. O texto será submetido a consulta pública até 21 de maio e levado à apreciação do Parlamento. Se aprovado, pode entrar em vigor ainda em 2014.

A técnica foi inventada pelo pesquisador Shukhrat Mitalipov, da Universidade de Ciência e Saúde de Oregon, nos Estados Unidos. O método ainda não foi testado em humanos, mas sim em macacos: desde 2009, nasceram cinco filhotes geneticamente modificados e saudáveis.

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MITOCÔNDRIAS

As mitocôndrias são estruturas responsáveis por fornecer energia, a partir da quebra de nutrientes, para as células. Esse processo é conhecido como respiração celular. O número de mitocôndrias por célula varia muito, de milhares a poucas. A quantidade depende da função da célula. Células musculares, que necessitam de muita energia para funcionar, têm mais mitocôndrias que células nervosas, por exemplo.

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Método​ – A tecnologia consiste em substituir a mitocôndria – organela responsável por produzir energia dentro das células – do óvulo da mãe pela de outra mulher. Depois de ter sido fecundado pelo esperma do pai no laboratório, o óvulo é implantado na mãe, e a gravidez pode, então, desenvolver-se normalmente.

As doenças mitocondriais afetam uma em cada 6 500 crianças do mundo, a maioria antes do 10 anos. Essas patologias podem afetar o sistema nervoso central, causar cegueira, distrofia muscular, insuficiência hepática ou problemas cardíacos. As doenças da mitocôndria impedem que os nutrientes dos alimentos sejam transformados em energia e, com frequência, resultam de defeitos genéticos causados ​​por mutações no DNA mitocondrial herdado da mãe. Ao substituir a mitocôndria, a nova técnica livra o embrião dessa herança genética.

A nova técnica foi aprovada por uma comissão de ética médica da Grã-Bretanha, que sugeriu que os testes sejam levados adiante. O país está na vanguarda dessa pesquisa, e o debate ético, os avanços científicos e as decisões políticas estão sendo atentamente observados.

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(Com Reuters e AFP)

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