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Ganhadores do Nobel de Física comentam descoberta que lhes rendeu premiação

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h52 - Publicado em 8 dez 2011, 11h57

Carmen Rodríguez.

Estocolmo, 8 dez (EFE).- A descoberta de que o Universo se expande cada vez mais depressa, contrariamente ao que se pensava, não só rendeu o Prêmio Nobel de Física deste ano, mas abriu uma porta para novos mistérios, segundo os ganhadores.

Os professores americanos Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, agraciados com o Nobel de Física de 2011 por suas descobertas sobre a ‘expansão acelerada do universo através da observação de supernovas distantes’, explicaram nesta quinta-feira à Agência Efe a implicações das pesquisas.

Na realidade, a descoberta foi inesperada e surpreendente, visto que as duas equipes que ‘competiam’ na mesma investigação, sendo uma comandada por Perlmutter e a outra por Schimdt, o que realmente estavam estudando era a expansão cada vez mais lenta do universo, que era a crença geral até 1998.

Perlmutter explicou que os novos conhecimentos sobre a expansão do universo abriram ‘uma porta que leva a um novo capítulo de possibilidades para explorar’, o que considerou ‘muito emocionante’.

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O astrônomo, que liderou a equipe Supernova Cosmology Project da Universidade da Califórnia durante a pesquisa que lhe rendeu o Nobel, lembrou que ainda não há explicações para esta expansão, o que representa um novo desafio.

‘Chegamos a uma descoberta, mas ela nos conduz a um novo mistério. Agora precisamos descobrir o que está acontecendo, saber por que o universo está fazendo uma coisa tão louca’, relatou.

As supernovas distantes (explosões de estrelas muito antigas compactas como o Sol, mas tão pequenas como a Terra), ou mais exatamente as do tipo 1a, foram o objeto de estudo destes astrônomos, que chegaram a conclusões surpreendentes.

Após estudar mais de 50 supernovas, constataram que a luz procedente delas, dependendo da distância, era mais fraca que o esperado, o que levava à conclusão de que o universo se expande rapidamente, em vez de perder velocidade.

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Até agora, a ciência trabalha em várias direções para encontrar uma explicação ao fenômeno, mas a que mais desperta interesse é a de que por trás dele esteja a ‘energia escura’, uma desconhecida que, no entanto, constitui 75% do universo.

Riess, componente da segunda equipe em disputa, High-Z Supernova Search Team, que compartilha o Nobel com Schmidt, relatou: ‘Agora estamos tentando entender a natureza da energia escura, que não sabemos como funciona, e por isso estamos fazendo observações mais precisas’.

Brian Schmidt, da Australian National University e chefe do High-Z Supernova Search Team, avaliou que esta descoberta ‘é uma peça fundamental do conhecimento, que no futuro pode levar a coisas determinantes’.

Perlmutter, Schmidt e Riess receberão o Prêmio Nobel de Física no próximo sábado e repartirão as 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,4 milhão) que são concedidas aos ganhadores. EFE

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