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Fósseis de roedores sugerem planícies mais antigas do mundo

Ancestrais do chinchila indicam que os Andes foram planícies repletas de gramas cerca de 15 milhões de anos antes desse ecossistema ser percebido em outros continentes

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h30 - Publicado em 24 jul 2012, 07h20

Pesquisadores do Museu Americano de História Natural, da Universidade da Califórnia e da Universidade Case Western Reserve, nos Estados Unidos, encontraram fósseis de duas novas espécies de roedores que habitavam a América do Sul, incluindo o mais antigo chinchila, em um local que pode ter sido a pradaria mais antiga do mundo. A pesquisa foi publicada nesta semana no periódico do Museu Americano de História Natural, o American Museum Novitates.

Área onde pode ter havido a pastagem mais antiga do mundo, no vale da Cordilheira dos Andes, no Chile ()
Reprodução de roedor extinto há 13 milhões de anos ()

As duas espécies viviam em uma cadeia de vulcões há 32,5 milhões de anos, uma planície repleta de gramas. A análise dos dentes do ancestral da chinchila indica que esses animais viveram em um ambiente aberto e seco cerca de 15 milhões de anos antes de as pastagens surgirem em outras partes do mundo – ou seja, são os primeiros ecossistemas deste tipo de que se tem notícia. Atualmente essa mesma área está coberta pelas encostas íngremes dos Andes chilenos.

Novas espécies – Os roedores receberam os nomes de Andemys termasi, que significa “rato dos Andes”, e Eoviscaccia frassinettii, em homenagem a Daniel Frassinetti, colaborador e chefe da paleontologia no Museu de História Natural do Chile. Essas duas espécies estão em segundo lugar no ranking das mais antigas da América do Sul – ficam atrás de um roedor que viveu há 41 milhões de anos no Peru.

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Dentes – Os roedores são conhecidos por seus dentes incisivos proeminentes, usados justamente para roer alimentos. No entanto, os dentes que ficam na região da bochecha, usados para moer o que ingerem, são diferentes nessas novas espécies.

Os ancestrais dos roedores conhecidos até então tinham a coroa do dente só até a gengiva. Já os ancestrais chilenos têm coroas altas que se prolongam sob as gengivas. Essa característica também é percebida em cavalos, vacas e cabras, sinal de uma adaptação que surgiu em resposta à disseminação dos ambientes gramados.

Os dentes dos roedores e outros mamíferos encontrados no local sugerem que o vale do rio Tinguiririca, onde foram localizados, era uma planície repleta de gramas quando foi atingido por uma erupção vulcânica.

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